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Para Dallari,
acusações são
"maquiavélicas"
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
A jornalista Mônica Dallari, namorada do senador
Eduardo Suplicy (PT), afirmou ontem que as declarações do secretário municipal
Valdemir Garreta (PT) são
maquiavélicas e absurdas.
Mônica entrou no foco de
discussões após a polêmica
entrevista que concedeu à
revista "Veja", uma semana
antes da derrota da prefeita
Marta Suplicy (PT).
Ela contestou a insinuação
de Garreta de que a entrevista teria sido pedida antes ao
senador Suplicy. A mesma
coisa foi dita ontem pelo redator-chefe da revista "Veja", Mario Sabino. "Esse
Garreta não sabe o que diz",
afirmou Sabino.
Mônica falou com a Folha
num dos corredores do 14º
Distrito Policial de Pinheiro,
onde prestou depoimento
sobre o furto ocorrido na casa dela no dia da eleição.
Folha - Como aconteceu a
entrevista à revista "Veja"?
Mônica Dallari - Na terça-feira [26 de outubro], a "Veja" me procurou querendo
conversar sobre o Eduardo.
Disseram que a pauta era sobre o senador mais querido
do Brasil e eles queriam o
ponto de vista da namorada.
Pela popularidade do Eduardo e pela dedicação dele às
campanhas do PT, achei
mais do que justo. Então, resolvi fazer a entrevista. Mas,
eu fiquei sabendo que a reportagem tinha virado de
páginas amarelas no sábado
de madrugada quando acessei o site na internet. O objetivo era outro, era conversar
sobre o Eduardo e sobre o
trabalho dele.
Folha - À Folha, Garreta disse que a entrevista da senhora fez parte de um contexto
maior e que o objetivo era
constranger a prefeita Marta.
Mônica - A entrevista é tão
primária que eu prefiro não
comentar.
Folha - A senhora ficou chateada?
Mônica - É um absurdo, é
absolutamente inconsistente. Quem conhece o Eduardo, e todo mundo conhece,
sabe que isso é de um maquiavelismo completamente
desproporcional, isso não
existe e nunca existiu. O
Eduardo, diferentemente
disso, sempre jogou muito
aberto com todo mundo.
Folha - Mas ele acusa o senador de "amplificar" o preconceito contra a ex-prefeita.
A senhora...
Mônica - Eu não vou comentar a entrevista.
Folha - A senhora se arrepende da entrevista à "Veja"?
Mônica - Se eu fosse procurada para fazer uma entrevista de páginas amarelas,
não daria. Sei que acabei magoando muita gente que eu
não gostaria de ter magoado
e a minha posição sempre foi
a de ficar discreta, de levar a
minha vida com os meus filhos, sempre de uma maneira muito discreta.
Por outro lado, acho que
tinha já dentro de mim uma
vontade de ... acho que uma
certa.... qual a palavra? uma
certa indignação com a forma de tratamento ao Eduardo. E isso é de mim, aconteceu e está aí.
Folha - Mas a senhora se arrependeu?
Mônica - Não me arrependo. Se eu pudesse ter optado,
não teria falado nesse contexto, mas falei, está falado e
ponto final nesse assunto.
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