São Paulo, quinta-feira, 04 de novembro de 2004

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LOTERJ

Assembléia do Rio vai investigar presidente da CPI por suspeita de extorsão
Com o auxílio de uma comissão especial formada por três deputados da mesa diretora, a corregedoria da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro vai investigar o presidente da CPI da Loterj, Alessandro Calazans (PV), por suspeita de ter participado de extorsão contra o empresário do jogo Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. A investigação foi aprovada ontem por unanimidade.
Na sua última edição, a revista "Veja" publicou suposta tentativa de extorsão a um emissário de Cachoeira feita por Calazans. "Será uma tarefa árdua, mas vamos investigar o caso com calma, sem nenhuma leviandade. Nenhum dos 70 deputados está isento das investigações", disse o presidente da Assembléia, Jorge Picciani (PMDB).
Em uma das conversas publicas pela revista, o deputado teria dito: "Na verdade, a orientação foi para passar aquela andorinha. Isso sensibilizava, e a gente ia ver o que ia acontecer... Era parte do R$ 1,5 milhão." Segundo a revista, "andorinha" é uma referência a dinheiro.
O grupo terá até o dia 22 para apresentar um relatório. Pode ser pedida a advertência, suspensão ou até cassação dos parlamentares envolvidos. Na manhã de hoje, três deputados do grupo de investigação viajarão para Brasília. Eles vão à Polícia Federal pegar as fitas com as conversas publicadas.
Ontem, o deputado do PV voltou a afirmar que não negociou benefício no relatório da CPI. Para Calazans, o suposto emissário de Cachoeira, é um assessor do deputado federal Carlos Rodrigues (PL-RJ).


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