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Lula recebe prêmio em Londres por papel na América Latina
Presidente é homenageado por entidade britânica por ser o "motor-chave da estabilidade e da integração" na região
Lula participará, também na Inglaterra, de abertura de seminário que vai destacar como o Brasil tem superado a crise econômica mundial
CLÓVIS ROSSI
ENVIADO ESPECIAL A LONDRES
Sete meses após ter sido batizado como "o cara" pelo presidente Barack Obama, Luiz Inácio Lula da Silva regressa a Londres para receber um prêmio
que é, de certa forma, um carimbo oficial para a brincadeira
do colega americano.
Lula ganhou o prêmio de
2009 da Chatham House, que
vem a ser a sede do respeitado
Royal Institute for International Affairs. Motivo, segundo a
nota oficial da Chatham House:
Lula "é um motor-chave da estabilidade e da integração na
América Latina".
Numa enquete em seu site, a
Chatham House perguntou aos
internautas se achavam que o
Brasil seria uma superpotência
no futuro. Disseram que "sim"
56%; responderam que "não"
28% e 16% que não sabiam.
O país presidido por Lula
também merece mimos. O jornal britânico "Financial Times"
e seu congênere brasileiro "Valor Econômico" promovem,
amanhã, o seminário "Investing in Brazil", a ser aberto pelo
presidente brasileiro.
É curioso que tanto o prêmio
como o seminário destacam no
atual governo características
que pertencem muito mais ao
universo do conservadorismo/liberalismo do que à esquerda, na qual Lula se situava.
Para a Chatham House, com
o presidente Lula, o Brasil "tornou-se crescentemente integrado à economia mundial e
trabalhou para construir consensos em foros econômicos e
comerciais multilaterais".
Já o seminário destaca o fato
de que o Brasil está lentamente
superando a recessão mundial,
"graças em parte a um sistema
financeiro estável, a mercados
liberalizados, a políticas fiscal e
monetária aperfeiçoadas que
controlam a inflação", além de
recursos naturais e um "mix"
exportador diversificado.
Tudo isso, mais a previsão de
que o país cresça acima da média mundial, torna-o "uma região promissora para investimentos". Essa mensagem será
repetida por Lula e pela comitiva que o acompanha: os ministros Guido Mantega (Fazenda)
e Dilma Rousseff (Casa Civil),
os presidentes do Banco Central, Henrique Meirelles, do
BNDES, Luciano Coutinho, do
Banco do Brasil, Aldemir Bendine, do Bradesco, Luiz Carlos
Trabuco Cappi, e do Banco
Santander, Emilio Botín.
Além de empresários como
Roger Agnelli, da Vale.
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