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Toda Mídia
Nelson de Sá
Chávez vs. Lula
De um lado, na home de "O Estado de S. Paulo",
"Após ataque, Pinochet recebe unção dos enfermos".
De outro, no Terra, "direto do Palácio Miraflores",
"Chávez acompanha as pesquisas" -e nove delas
"espalham um clima de vitória" pelos corredores.
Já esperando "vitória sonora, se as pesquisas forem
confiáveis", o editor de América Latina do "Financial Times" postou o texto "Moderados devem fazer mais
para conter chavismo". Por moderados, entendam-se
Lula etc., aos quais o "FT" sugere "duas prioridades".
Uma, programas para reduzir a desigualdade, como o
Bolsa Família, "mas muito mais é necessário". Outra,
"diminuir burocracia fiscal para pequenas empresas"
e fomentar uma classe média que apóie moderados.
E nada de energia, a prioridade de Lula por aqui.
Também a de Chávez, segundo a longa reportagem
"Plano de gasoduto sul-americano tem ambições para
além do gás", do "New York Times". Ele poderia
tornar a região dependente, e o Brasil já "pode estar
desconfiado". Para diretor da Petrobras, o projeto é
"desafiador", mas depende de "estudo de viabilidade".
No Terra Magazine, o presidente da estatal PDVSA
e ministro venezuelano da Energia diz que o projeto é
"factível" e já anuncia que ele será realizado por uma
"multiestatal" unindo Brasil, Argentina e Venezuela.
HIDRELÉTRICAS, NÃO
Sob o título "Energia da
água põe clima em perigo",
o "Observer" noticiou ontem
que cientistas, um deles de
Manaus, divulgam ainda esta
semana, em encontro da
Unesco, um estudo segundo o
qual as hidrelétricas "podem
contribuir perigosamente"
para o aquecimento global.
Produziriam metano, com
a deterioração do material
orgânico submerso. "Porém
outros cientistas questionam
os dados", registra o jornal.
OUTROS PODERES
A comentarista Míriam
Leitão respondeu à pergunta
"quem está ganhando poder"
no Brasil, feita pelo blog Post Global,
do "Washington
Post". Disse que, no "longo
prazo", ONGs devem frear o
anunciado desenvolvimento
com custo ambiental de Lula.
Por outro lado, também
cresce aqui o debate étnico,
derrubando a visão "secular"
de democracia racial -e
implantando programas que
"dão poder a afrobrasileiros".
OS ANIVERSARIANTES
O "El País"
celebrou ontem "O aniversário dos BRICs",
seu título, seguido da explicação "O conceito que agrupa
Brasil, Rússia, Índia e China como mercados emergentes
ganha força". Avalia que "a realidade superou todas as
expectativas" da Goldman Sachs, que cunhou o acrônimo.
De sua parte, o "Wall Street Journal"
de sábado trouxe
um "Guia de sobrevivência para mercados exóticos", a
saber, os BRICs e alguns outros, como a África do Sul:
- Uma forma de jogar mercados emergentes é investir
em ações que dependam de consumidores locais e não nas
que podem ser afetadas por uma desaceleração dos EUA.
MISSÕES E TURISTAS
Kevin Moloney - nytimes.com/ Reprodução
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No "NYT" de ontem, "um show de luz e som" nas Missões |
Após andar pela Amazônia, o correspondente do "NYT",
Larry Rohter, foi parar no que chamou de "Missões de
uma utopia perdida", na Tríplice Fronteira, sul do país.
A tal utopia, "comunismo teocrático", como ele reproduz,
foi a dos jesuítas e guaranis. Saiu no caderno de turismo.
O mesmo "NYT", registre-se, criticou violentamente o
filme "Turistas", que estreou sexta-feira nos EUA, sobre
jovens adolescentes que viajam para o Brasil. Um filme
"letalmente retardado", na tradução do portal G1, que comemorava ontem o "fracasso de bilheteria" da estréia.
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@ - Nelson de Sá
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