São Paulo, terça-feira, 04 de dezembro de 2007

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Suposto uso da polícia do Senado será investigado

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Mesmo com o pouco interesse de oposicionistas e governistas, o senador Romeu Tuma (PTB-SP), corregedor do Senado, afirmou ontem que irá investigar o suposto uso da polícia da Casa para espionar Marconi Perillo (PSDB-GO).
De acordo com reportagem da revista "Veja" desta semana, um integrante da polícia do Senado intermediou a contratação de detetives em Brasília e em Goiânia para fazer uma devassa na vida pessoal de Perillo.
O corregedor disse que deverá ir a Goiânia para obter mais informações com a Polícia Civil. "Além disso, vou encaminhar um ofício à Superintendência da Polícia Federal de Goiás para investigar o caso", disse. "Mas só vou poder me dedicar depois de votações como a CPMF".
O presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), minimizou o fato. "Não seria nem um pouco inteligente, muito menos possível, imaginar que a polícia do Senado sairia das suas atribuições constitucionais para criar um caminho de investigação de arapongagem", disse.
Sobre a especulação de que a ordem teria partido de Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente licenciado da Casa, em represália à atuação do tucano nos processos por quebra de decoro que o peemedebista sofre, Tuma afirmou: "É uma hipótese que a gente tem de apurar".
O corregedor disse ainda que "se alguém pediu para fazer a espionagem e o funcionário aceitou, ele é que é louco". Tuma, no entanto, não estabeleceu um prazo para elaborar um relatório sobre o assunto.
Líderes de oposição e governo também minimizaram o caso. "Para mim, é fantasia", disse o senador Sérgio Guerra (PE), presidente do PSDB. "Temos de esperar a apuração do corregedor", afirmou o senador Aloizio Mercadante (PT-SP).
O líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), também afirmou que irá esperar as investigação de Tuma. Contudo, para Agripino, o assunto não é novo. (ADRIANO CEOLIN)


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