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Firma de filho de Arruda foi beneficiada
Segundo notas fiscais, empresa de Marcos Arruda recebeu R$ 604 mil de 2003 a 2005
Documentos entregues à PF por Barbosa revelam que Notabilis, da qual Marcos era sócio, prestou serviço ao DF, que atribui contratos a Roriz
FERNANDA ODILLA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Notas fiscais apresentadas à
Polícia Federal por Durval Barbosa, autor das denúncias de
corrupção no DF, revelam que
a empresa de um filho do governador José Roberto Arruda
(DEM) recebeu R$ 604 mil do
esquema entre 2003 e 2005.
Nesse período, a empresa
Notabilis Comunicação e Marketing tinha como sócios Marcos Arruda e Omézio Pontes, filho e assessor de Arruda, respectivamente. De acordo com
as notas, a empresa prestou
serviços de "clipping radiofônico" e de "radio release" pagos
pela Codeplan (Companhia de
Desenvolvimento do Planalto
Central), presidida à época por
Durval Barbosa.
Foram anexadas ao inquérito
da PF cópias das alterações
contratuais da Notabilis registradas em cartório que comprovam a permanência de Marcos Arruda no quadro societário entre outubro de 2003 e dezembro de 2005. Barbosa apresentou à PF 39 notas fiscais da
empresa para a Codeplan que,
juntas, somam R$ 723,2 mil e
têm datas até 2007.
Ao Ministério Público do DF,
Barbosa afirmou ter sido Arruda quem lhe pediu para contratar a Notabilis. Segundo o denunciante, todas as despesas da
campanha eleitoral de Arruda
em 2006 "foram pagas com dinheiro arrecadado de prestadores de serviço do GDF [Governo do Distrito Federal]".
O GDF informou que não comenta contratos da gestão passada. Entre 2003 e 2005 o governador era Joaquim Roriz,
ex-PMDB e recém-filiado ao
PSC. Marcos Arruda, procurado em casa, não ligou de volta.
Omézio Pontes não foi localizado ontem pela reportagem.
Colaborou ANDREZA MATAIS ,
da Sucursal de Brasília
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