São Paulo, sexta, 4 de dezembro de 1998

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REAÇÃO
Carlos Jereissati poderá abrir processo contra o ex-ministro
Sócio da Telemar pede a STF que notifique Mendonça de Barros

da Sucursal de Brasília


O empresário Carlos Jereissati pediu ontem ao STF (Supremo Tribunal Federal) que notifique o ex-ministro das Comunicações Luiz Carlos Mendonça de Barros sobre declarações em que o apontou como possível responsável pela divulgação das gravações telefônicas grampeadas no prédio do BNDES, no Rio.
No pedido, Jereissati sinalizou a disposição de processar o ex-ministro por crime contra a honra, com base na Lei de Imprensa.
Ele sugeriu ao STF que fixe o prazo de 48 horas para que Mendonça de Barros preste explicações sobre o caso.
O empresário é integrante do consórcio Telemar, que venceu o leilão da Tele Norte Leste, que reúne a Telerj e outras 15 empresas de telefonia, e é citado por Mendonça de Barros nas conversas telefônicas grampeadas.
Jereissati reproduziu trechos de reportagens publicadas pelos jornais em que o ex-ministro afirma que, na sua opinião, ele era responsável pela divulgação das fitas.
Se for notificado, Mendonça de Barros não será obrigado a prestar as informações, mas a ausência de resposta poderá facilitar a abertura de processo por crime contra a honra. Ex-ministros de Estado só podem ser processados e julgados pelo STF por supostos crimes cometidos no exercício do cargo.
Jereissati pediu que o ex-ministro esclareça se o responsabilizou tanto pelas gravações telefônicas quanto pela divulgação das fitas.
² Serra e Collor
Na terça-feira, o STF notificou o ministro da Saúde, José Serra, para que ele esclareça, em 15 dias, acusação sobre a participação do ex-presidente Fernando Collor de Mello no caso do "dossiê Caribe" -papéis que apontam a suposta existência de uma empresa em paraíso fiscal pertencente ao presidente Fernando Henrique Cardoso e outros tucanos. Collor quer processar Serra por difamação.



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