São Paulo, Quarta-feira, 05 de Janeiro de 2000


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Declarações são reiteradas

da Sucursal de Brasília

O deputado Jair Bolsonaro (PPB-RJ) reafirmou as declarações feitas contra o presidente Fernando Henrique Cardoso, na semana passada, em que pregou o "fuzilamento" de FHC.
"Tenho direito de me expressar ou não tenho? Se o presidente não gostar, o problema é dele. O governo que administra o país sem responsabilidade merece a pena máxima", afirmou Bolsonaro.
Para justificar sua declaração, o deputado apelou para um argumento pretensamente jurídico: o inciso 47 do artigo 5º da Constituição admite a pena de morte em caso de guerra declarada, o que, para o deputado, seria a situação atual do país. "Ele (FHC) está fazendo a guerra mais sórdida com uma caneta na mão, merecia ser fuzilado." O texto constitucional, no entanto, limita a possibilidade aventada pelo deputado ao caso de guerra declarada em razão de agressão estrangeira.
O deputado comparou FHC ao líder nazista Adolf Hitler: "Acho que Hitler foi mais benevolente que FHC. Ele colocava as pessoas em câmaras de gás e elas morriam em cinco minutos. Nós vamos morrer em oito anos (período dos dois mandatos de FHC)".
Bolsonaro deverá ser punido pela Câmara por falta de decoro parlamentar.


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