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Secretário critica transferência
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Marco Vinicio
Petrelluzzi, disse ontem que o ex-juiz Nicolau dos Santos Neto, ao
ser transferido de volta à custódia
da Polícia Federal, tem tratamento de "preso especialíssimo".
A crítica foi feita pouco depois
de o secretário tomar conhecimento da decisão do STJ de acolher pedido de habeas corpus da
defesa do ex-juiz.
"Parece que querem criar a prisão especialíssima. Não pode ter o
preso comum, o de cela especial, o
de cela superespecial, o de cela hiperespecial e o de cela especialíssima", afirmou ele.
Para o secretário, a cela em que
Nicolau passou a noite, no 77º DP,
satisfazia o que determina a lei da
prisão especial.
"Ele tinha TV, banheiro com
água quente, coisa que a grande
maioria dos presos não tem. Não
tem estrado por uma questão de
segurança. É uma cela especial,
porque é diferente do que é geral.
Essa é a definição de especial que
você vai encontrar no Aurélio."
Petrelluzzi também fez críticas à
Polícia Federal.
"A PF diz que não tem condições de ficar com o preso, que estava atrapalhando o serviço, estava criando transtorno. Parece
que, se tirar a Polícia Federal das
suas funções burocráticas, de
emitir passaporte, ela se sente
transtornada", afirmou.
O secretário diz cuidar de 93 mil
presos e que um a mais "não faz
diferença". "Nós somos polícia. A
gente aqui é polícia mesmo, não é
burocracia", afirmou. A PF não
quis comentar as declarações.
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