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No início da noite, presidente se mudou para o
Palácio da Alvorada, onde foi abordado por eleitores e fãs
Lula faz fisioterapia para tratar de bursite
RICARDO WESTIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva começou ontem pela manhã
a fazer fisioterapia para curar dores que sente no ombro direito
por causa de uma bursite.
A primeira sessão foi feita pela
manhã, na residência da Granja
do Torto, pelo tenente-coronel
Junio Mario Pereira Gama, médico da Presidência da República,
segundo o secretário de Imprensa
de Lula, Ricardo Kotscho.
A bursite, de acordo com especialistas, costuma ser causada pela "síndrome do impacto", que é
caracterizada pelo desgaste de um
conjunto de tendões (tecidos que
ligam músculos a ossos) no ombro e está associada principalmente ao envelhecimento.
Em vários momentos das cerimônias de posse, na quarta-feira,
o presidente levou a mão ao ombro direito. No mesmo dia, à noite, reclamou de dores no braço.
Mudança
O presidente fez ontem sua mudança para o Palácio da Alvorada,
onde deverá morar até o final do
mandato. Lula e sua mulher, Marisa, deixaram a Granja do Torto
por volta das 18h30.
Na saída, Lula distribuiu autógrafos e conversou com eleitores.
O aposentado Raimundo Alves
da Silva, que veio de Conceição do
Araguaia (PA) para a posse, recebeu do presidente um abraço.
No Alvorada, onde cerca de cem
eleitores o esperavam, Lula voltou
a dar autógrafos, abraços e conversar com as pessoas. Chegou a
beijar uma criança. Ele estava de
terno, camisa azul e sem gravata.
Por volta das 16h, duas Kombis
haviam saído do Torto com destino ao Alvorada cheias de camisas
e ternos do presidente pendurados em cabides.
Ontem foi o primeiro dia de
descanso de Lula após a posse. Ele
acordou tarde e passou o dia com
os filhos e netos na Granja do Torto. Não recebeu ninguém do governo, exceto o secretário Kotscho, que almoçou com a família.
No almoço, foram servidos arroz,
feijão, estrogonofe e salada.
O aposentado José Coelho da
Silva, 71, aproveitou o momento
em que Kotscho falava com jornalistas para entregar-lhe uma
carta destinada a Lula.
O único desejo do aposentado,
maranhense que mora na cidade-satélite de Samambaia, é dar um
abraço em Lula. "Eu sei que é uma
loucura. Quero que ele me abrace.
Sou humano e honesto", disse ele,
que aproveitou a carta para pedir
um lugar na caravana que Lula fará com os ministros pelo semi-árido nordestino. "Também preciso ter um pouco de alegria."
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