São Paulo, segunda-feira, 05 de janeiro de 2004
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PAINEL Parlamentur A Câmara patrocinou 40 viagens de deputados ao exterior no último bimestre de 2003, quando as prestações de contas tornaram-se públicas. Apenas em diárias, os gastos atingiram aproximadamente R$ 140 mil. Em termos A anunciada decisão de dar publicidade às despesas das viagens dos parlamentares não vale para os gastos com passagens aéreas. Somente os valores das diárias estão disponíveis no site da Câmara dos Deputados. Portão de embarque Em novembro e dezembro, o destino preferido dos deputados foram os EUA (19 viagens). Depois, a Venezuela (sete). Dois parlamentares deslocaram-se até a Irlanda para congresso sobre a preservação do atum. Modéstia à parte Em sintonia com Duda Mendonça ("A gente sente, o Brasil tá diferente"), retrospectiva no site da Radiobrás observa que em 2003 "o mundo, conflagrado por guerras, intolerância e uma ordem econômica injusta, percebeu os sinais de mudança abaixo da linha do Equador". Fato e ficção 1 Destaque entre as promessas governamentais, a alfabetização recebeu no ano passado bem menos dinheiro do que o previsto. Principal programa da área, o Toda Criança na Escola obteve 23,17% dos R$ 828 milhões que o Orçamento lhe destinava. Fato e ficção 2 Educação de Jovens e Adultos, outro programa federal de combate ao analfabetismo, conseguiu 16,66% do dinheiro previsto no Orçamento. Um terceiro projeto, o Escola de Qualidade para Todos, teve apenas 12,45% de sua verba executada. Sempre alerta Mensagem na caixa postal do celular do deputado paraense recém-expulso do PT: "Saudações revolucionárias do Babá". Tudo azul 1 Pela primeira vez em dez anos, o Espírito Santo obteve superávit orçamentário no Executivo, no Legislativo e no Judiciário. No último dia de 2003, o Tribunal de Justiça e a Assembléia devolveram R$ 13 milhões aos cofres do Tesouro estadual. Tudo azul 2 O governador Paulo Hartung (PSB) encerrou seu primeiro ano de mandato com 56% de avaliação ótima ou boa, segundo pesquisa do instituto Futura. Apenas 8% consideraram seu desempenho ruim ou péssimo. Lugar ao sol Cadoca (PMDB) e Joaquim Francisco (PTB) se atacam sem trégua, ignorando os demais pré-candidatos em Recife. Ambos avaliam que o sobrevivente desse duelo chegará ao segundo turno com boas chances de derrotar o prefeito João Paulo (PT), em baixa nas pesquisas. Missão espinhosa O governador de Alagoas, Ronaldo Lessa, tenta convencer o deputado Cícero Almeida (PDT), líder nas pesquisas sobre a sucessão em Maceió, a desistir da cabeça de chapa para ser o número dois do candidato do PSB, provavelmente o vice-prefeito Alberto Sexta-Feira. Herdeiro radical Impedida de concorrer à Prefeitura de Maceió por ter perdido sua filiação partidária depois de 3 de outubro, a senadora Heloísa Helena deverá apoiar a candidatura do ex-deputado Régis Cavalcanti (PPS). Herdeiro adotado O governador João Alves (PFL-SE) definiu seu candidato à Prefeitura de Aracaju: Pedrinho Valadares, secretário estadual de Turismo. Ex-deputado, Valadares era do PSB até 2002. Rompeu com o partido de seu tio, o senador Antonio Carlos Valadares, para se aliar a Alves. TIROTEIO Do pefelista Paulo Souto, governador da Bahia, ao fazer o balanço do primeiro ano da administração federal petista: - Concordo que o governo Lula tinha de ser mais restritivo na economia no primeiro momento. Mas esse tranco foi muito grande e teve um efeito contrário, reduzindo a arrecadação dos Estados e provocando desequilíbrio em suas contas. CONTRAPONTO Juras de amor
O petista Marcelo Déda e o pefelista José Carlos Machado conheceram-se na Assembléia de
Sergipe, legislatura 1991-1994.
Hoje, um é prefeito de Aracaju;
o outro, deputado federal. A
amizade de ambos sobrevive às
divergências partidárias. |
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