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Aqui é a terra prometida, diz ex-sem-terra
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA
FOLHA, EM IARAS E AGUDOS
Quase uma década depois de viver sob barracos
de lona às margens de estradas do Pontal do Paranapanema, onde participou de diversas invasões
de terra, o paranaense Josias Luiz Serafim, 45, precisou de um ano e dois meses para deixar de ser sem-terra e se tornar assentado
em Iaras (SP).
Morador do lote 18 do
projeto de assentamento
Pequeno Moisés, ele saiu
do Pontal em agosto de
2007 com a mulher, a filha
e a neta, de 3 anos. Em outubro de 2008 ganhou a
posse do lote de 15 hectares. "Aqui é a terra prometida. No Pontal só volto para visitar e ajudar os companheiros. Sofremos muito lá. Enfrentar frio, chuva,
ventania e sereno no barraco de lona não é fácil."
Além do lote, Serafim
disse ter recebido do governo federal R$ 2.400 para construir a casa e preparar a terra para produzir.
De acordo com o MST,
todos os 78 assentados já
receberam a primeira parcela do chamado "fomento". A segunda deve sair
ainda neste mês.
Seduzidos pela conquista dos companheiros, cada
vez mais famílias desembarcam na região.
Há duas semanas a Folha flagrou a chegada de
um grupo de 12 famílias de
Presidente Epitácio (655
km de SP). Eles abandonaram, após cinco anos, o
acampamento Jahir Ribeiro, criado em 2003 por
José Rainha Jr. e que chegou a ser o maior do Brasil,
com quase 10 mil pessoas.
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