São Paulo, segunda-feira, 05 de janeiro de 2009

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Aqui é a terra prometida, diz ex-sem-terra

COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM IARAS E AGUDOS

Quase uma década depois de viver sob barracos de lona às margens de estradas do Pontal do Paranapanema, onde participou de diversas invasões de terra, o paranaense Josias Luiz Serafim, 45, precisou de um ano e dois meses para deixar de ser sem-terra e se tornar assentado em Iaras (SP).
Morador do lote 18 do projeto de assentamento Pequeno Moisés, ele saiu do Pontal em agosto de 2007 com a mulher, a filha e a neta, de 3 anos. Em outubro de 2008 ganhou a posse do lote de 15 hectares. "Aqui é a terra prometida. No Pontal só volto para visitar e ajudar os companheiros. Sofremos muito lá. Enfrentar frio, chuva, ventania e sereno no barraco de lona não é fácil."
Além do lote, Serafim disse ter recebido do governo federal R$ 2.400 para construir a casa e preparar a terra para produzir.
De acordo com o MST, todos os 78 assentados já receberam a primeira parcela do chamado "fomento". A segunda deve sair ainda neste mês.
Seduzidos pela conquista dos companheiros, cada vez mais famílias desembarcam na região.
Há duas semanas a Folha flagrou a chegada de um grupo de 12 famílias de Presidente Epitácio (655 km de SP). Eles abandonaram, após cinco anos, o acampamento Jahir Ribeiro, criado em 2003 por José Rainha Jr. e que chegou a ser o maior do Brasil, com quase 10 mil pessoas.


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