da Folha Campinas

O padre José Fernando de Oliveira, 58, conhecido como padre Zezinho, defendeu ontem durante o 8º Encontro Nacional de Presbíteros em Itaici, bairro de Indaiatuba (110 km de SP), a intervenção da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) na participação de padres na mídia.
Segundo ele, a cúpula da igreja deve começar a se preocupar com o fenômeno de mídia gerado pelo padre Marcelo Rossi.
"É preciso criar um projeto para que não passe dos limites. É errado um padre subir no mesmo palco para cantar com Reginaldo Rossi, por exemplo", disse.
No entanto, padre Zezinho defendeu padre Marcelo alegando que ele conseguiu abrir espaço para a igreja na televisão.
Precursor da participação de presbíteros na música brasileira, padre Zezinho admite ser um "pop star", como afirmou estarem sendo rotulados os padres-cantores. "Sou, mas não deixei que me transformassem em um super star", disse, referindo-se ao contrato de padres com grandes gravadoras de discos.
Já Mário Pio de Faria, de Minas Gerais, acredita que a mídia possa afastar os padres de seu compromisso social. "A igreja precisa usar a mídia, mas não pode se deixar ser consumida por ela", disse ele. (RICARDO BRANDT)


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