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Despesa com cartão corporativo chega a R$ 33 mi; gastos sigilosos são R$ 10 mi
DA REPORTAGEM LOCAL
Os gastos do governo Lula
por meio de cartões corporativos cresceram 52,2% no ano
passado em comparação a
2005. Passaram de R$ 21 milhões para R$ 33 milhões. O
grosso dos gastos sigilosos com
cartões está na Abin (Agência
de Inteligência), com R$ 5,5
milhões, e na Presidência da
República, com R$ 4,8 milhões.
Cerca de 96% de todos os
gastos com cartão sob responsabilidade da Presidência (secretaria administrativa e Abin)
estão cobertos pelo sigilo.
Cartões corporativos são
usados para pequenos gastos
emergenciais e acabaram virando alvo de críticas do TCU
(Tribunal de Contas da União)
pela falta de transparência.
A Presidência lidera em gastos gerais desse tipo (sigilosos
ou não), com R$ 10,8 milhões,
32,7% do total da máquina, mas
o maior crescimento ocorreu
no Ministério do Planejamento
-de R$ 271 mil, em 2005, para
R$ 4,5 milhões em 2006.
No Ministério da Educação,
principalmente por conta da
Universidade de Brasília, os
gastos desse tipo subiram
190%. O MEC afirmou que há
uma substituição de suprimentos de fundos, meio tradicional
de pagar pequenas contas, por
cartões corporativos, sobre os
quais "as regras são mais flexíveis, sem perda de controle".
Em outubro, a Casa Civil da
Presidência informara que o
crescimento era esperado por
causa da substituição dos
meios de pagamento (cheque e
dinheiro), o que não implicaria
aumento real das despesas.
A assessoria do Ministério do
Planejamento, procurada na
sexta-feira, não havia respondido até sábado.
(RV)
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