São Paulo, quinta-feira, 05 de fevereiro de 2009

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NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br

De novo, "dispara"

Voltaram ontem os enunciados na linha "Bovespa dispara", como na submanchete on-line de "O Estado de S. Paulo". No Valor Online, "Bovespa em alta" era a manchete no meio do dia. No texto, "Bovespa firma posição acima dos 41 mil pontos". Associated Press, Reuters, Bloomberg e outras despacharam a notícia creditando o salto às commodities.
Fim do dia e a atenção do Valor foi para o dólar, que caiu diante do real devido às mesmas "commodities em alta". Dow Jones e outras agências citaram ainda "o maior apetite do investidor" externo.

ÀS COMMODITIES
A recuperação da Bovespa se evidenciou já na terça, como registravam anteontem o site MarketWatch e agências financeiras. Além das commodities em alta, foco da cobertura, uma razão é a expectativa de corte maior de juro pelo Banco Central.

AOS EMERGENTES
E a Bloomberg despachou ontem longa reportagem sobre como a corretora nova-iorquina Oscar Gruss & Son "está aconselhando clientes a voltar ao Brasil e outros emergentes ligados a commodities, após meses recomendando evitar exposição".

S&P CONTRA OS BRICS
Em meio à cobertura de ontem sobre commodities e os emergentes, o Goldman Sachs anunciou, via site do "">"Wall Street Journal" e outros, um "revival" (renascimento) das exportações de minério de ferro do Brasil para a China, Vale à frente, no mês de janeiro.
Pouco depois a agência de classificação Standard & Poor’s divulgou um estudo contra o Goldman Sachs e sua classificação Brics _que reuniu os emergentes Brasil, Rússia, Índia e China. Segundo a S&P, a crise financeira global expôs as diferenças entre os quatro, com a China "provavelmente mais bem posicionada".

MUNDO VS. OBAMA
bbc.co.uk/portuguese
A BBC Brasil estreou seu novo portal (acima) com uma entrevista de Lula. E destacou dele uma resposta, para sua manchete: Eu temo o protecionismo e ele está acontecendo. Quando o presidente Obama anuncia um pacote de investimentos e diz que vai financiar as obras que forem construídas com produtos comprados na siderurgia americana, ele está praticando um protecionismo que a Organização Mundial do Comércio teoricamente não aceita. Lula já havia criticado o pacote antes. Anteontem, também a União Européia questionou, seguida pelo Japão, e Barack Obama, à Fox, enfim admitiu ser um erro enviar "uma mensagem protecionista".

HOMENS CASADOS
O outro destaque tirado da entrevista pela BBC Brasil foi que Lula defendeu Dilma como "a pessoa mais qualificada hoje para governar o Brasil". Sobre o país estar preparado para uma mulher: "Todos nós, homens casados, sabemos o peso que a mulher tem em nossa casa, sabemos a força que a mulher tem".

EM CAMPANHA
E o "Guardian" postou ontem o artigo "Em busca do sucessor de Lula", avisando que "a quarta democracia do mundo já entra em modo de campanha". Diz que Dilma Rousseff não tem o "carisma" de Lula, que José Serra foi beneficiado pela eleição paulistana e que Aécio Neves pode sair pelo PMDB.

POLÍCIA & FAVELA
bbc.co.uk
Na BBC original, policial em favela, antes das mortes
Foi o correspondente Gary Duffy quem entrevistou Lula para a BBC, no Rio. Na edição em inglês, o destaque foi para o PAC das favelas e para a declaração presidencial de que "no passado só havia polícia intervindo com brutalidade que punia culpados e inocentes, muitas vezes só os inocentes". E "agora temos a polícia lá", no dia-a-dia, como "força comunitária". Nas manchetes de Folha Online e UOL, depois, "Ação em favelas no Rio deixa dez mortos".

TWITTER TIMES
twitter.com/BreakingNewsOn
O canal de Twitter BreakingNewsOn, que é referência desde a campanha nos EUA, vai virar site e órgão regular de jornalismo, com publicidade etc.

NO "NYT"
O editor do "New York Times" deu entrevista aos leitores e disse que "o mercado vai achar um jeito de fazer a demanda crescente" pagar pelo jornalismo abrindo especulação de que voltaria a cobrar pelo acesso ao site.

NO "WSJ"
O "Financial Times" noticiou ontem, por outro lado, que a News Corp. de Rupert Murdoch, proprietária do "Wall Street Journal" e do "Times" de Londres, deve realizar cortes em suas redações, de 2,5% dos postos.


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@ - Nelson de Sá


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