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CASO TRT
Citados podem ser "laranjas"
BC aponta 200 pessoas envolvidas em desvio
DA REDAÇÃO
Um relatório recente do Banco
Central aponta que contas bancárias de cerca de 200 pessoas físicas
foram beneficiárias finais do desvio de R$ 169 milhões da obra superfaturada do Fórum Trabalhista de São Paulo.
Essas contas receberam os fundos da construtora Incal, do empreiteiro Fábio Monteiro de Barros, preso em 15 de março pela
Polícia Federal sob a acusação de
estar envolvido no desvio.
Reportagem apresentada pelo
"Jornal Nacional", ontem à noite,
mostrava os principais beneficiados. Muitas das contas estão registradas em nome de "laranjas"
ou com documentação falsa.
O maior beneficiário seria o gerente de restaurante Antônio de
Mello Araújo, que teria recebido
R$ 2 milhões. Apesar de o endereço registrado no banco ser de sua
família, em Osasco, ele não mora
lá e o CPF registrado não é o seu.
Segundo a reportagem, o documento pertence a Antônio Melo
de Araújo, que mora em uma casa
que fora alugada à Polícia Federal
na época dos desvios. O fiador da
casa é o delegado federal Roberto
Precioso Júnior, cuja presença era
uma das condições de rendição
do juiz aposentado Nicolau dos
Santos Neto, em dezembro.
Após a prisão de Nicolau, o ministro da Justiça, José Gregori,
classificou como "uma feliz coincidência" o fato de Precioso ser
próximo ao juiz aposentado e a
seu advogado, Alberto Zacharias
Toron. Nicolau o conheceria desde quando era juiz trabalhista e
Toron teria trabalhado com ele no
combate ao narcotráfico.
Débora Ormay Moles, que segundo o relatório do BC teria recebido R$ 900 mil em uma conta
em Foz do Iguaçu (PR), afirmou
ao "Jornal Nacional" que não sabia nada sobre o assunto e que
nunca havia tido todo esse dinheiro.
Dois outros beneficiados, Felipe
Monteiro Marcondes e Mariano
Cardoso Alves, teriam contas
bancárias em Ponta Porã (MS).
Eles teriam recebido, respectivamente, cerca de R$ 1 milhão e R$
400 mil.
O juiz aposentado Nicolau dos
Santos Neto e os empresários Fábio Monteiro de Barros e José
Eduardo Teixeira Ferraz estão
presos em um prédio da Polícia
Federal no bairro de Higienópolis, em São Paulo.
Por não terem curso superior,
Monteiro de Barros e Ferraz estão
presos em cela comum. Eles tiveram negado, em março, pedido
de habeas corpus encaminhado
ao Superior Tribunal de Justiça.
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