São Paulo, domingo, 05 de maio de 2002

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Presidente e presidenciável adotam silêncio

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso e o pré-candidato do PSDB ao Planalto, José Serra, decidiram não se manifestar imediatamente sobre a suposta propina pedida pelo empresário Ricardo Sérgio de Oliveira para tentar dar uma resposta coerente e que não caia no dia seguinte.
Um membro do governo comentou que a cautela de FHC e de Serra é uma tentativa de evitar o "efeito Roseana Sarney", numa referências às seguidas versões que se desmanchavam no dia seguinte a respeito do R$ 1,34 milhão apreendido na empresa da ex-governadora.
FHC deverá tentar dar uma explicação para não ter mandado investigar Ricardo Sérgio depois que Luiz Carlos Mendonça de Barros, ministro das Comunicações em 1998, lhe dera conhecimento da suposta propina.
Por enquanto, a resposta tucana é que FHC não podia agir baseado em um rumor.
Um ponto crucial para Serra será a explicação para os supostos R$ 2 milhões doados pela empresário Carlos Jereissati à sua campanha para o Senado. Não há registro dessa quantia na prestação de contas oficial.
Logo, ou Carlos Jereissati mentiu, ou Ricardo Sérgio não repassou todo o dinheiro doado, ou a campanha teria tido caixa dois.
Ou seja, FHC e Serra deverão se preparar para responder com maior detalhe as dúvidas, sob pena de apresentarem versões tão frágeis como as da ex-governadora pefelista no episódio Lunus.



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