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SAIBA MAIS
Trabalho da CPI é prejudicado por conflito político
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Instalada em junho de
2003, a CPI do Banestado colheu mais de 150 depoimentos, quebrou os sigilos bancário, fiscal e telefônico de
1.200 pessoas físicas e jurídicas e, nos dois últimos meses, envolveu-se em conflito
político que dividiu governo
e oposição, praticamente inviabilizando os trabalhos.
Até agora, a CPI, ao repassar à Receita Federal o sigilo
de 450 mil operações por
meio de contas CC5, feitas
entre 1996 e 2002, permitiu a
abertura de procedimentos
fiscais sobre créditos tributários que podem chegar a R$
213 bilhões. Os dados analisados pela Receita são de
operações registradas no
Banco Central, mas que não
foram informadas ao fisco.
Em março, a quebra do sigilo bancário de Antonio
Celso Cipriani, ex-controlador da Transbrasil, opôs o
presidente da CPI, senador
Antero Paes de Barros
(PSDB-MT), e o relator, José
Mentor (PT-SP). O deputado acusou a oposição de
"pinçar" nomes com interesses políticos -Cipriani é
defendido pelo advogado
Roberto Teixeira, amigo do
presidente Luiz Inácio Lula
da Silva. Antero defendeu a
quebra de sigilo e ganhou a
questão no voto na CPI.
Desde então, tem sido difícil aprovar requerimentos e
seguir com a investigação de
prática de evasão de divisas,
sobretudo em operações feitas por meio do Banestado,
vendido para o banco Itaú
em 2000. O negócio deixou
uma dívida de R$ 4 bilhões
para o governo paranaense.
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