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País está "blindado", afirma Palocci
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, disse que o país
está "blindado em relação à crise"
e vive uma situação de "céu de
brigadeiro". A afirmação foi feita
durante sua exposição aos demais
ministros na reunião da Granja
do Torto. Segundo ele, a expectativa agora é de "crescimento, crescimento, crescimento".
"Todos nós saímos de lá com a
absoluta certeza de que o Brasil
efetivamente entrou na rota de
crescimento sustentável, sem nenhum risco de não ter esse crescimento em torno de 4%, no mínimo", disse o ministro das Comunicações, Eunício Oliveira, ao relatar a reunião.
A previsão oficial do governo é
de um crescimento de 3,5% do
PIB (Produto Interno Bruto) neste ano. Com o crescimento registrado no primeiro trimestre deste
ano, de 2,7% em relação ao primeiro trimestre de 2003, o governo está refazendo suas contas.
Segundo Oliveira, Palocci disse:
"Nós temos que ter cuidado, mas
não há nenhum risco neste momento de qualquer coisa que atrapalhe o crescimento. Mesmo a alta da taxa de juros americana e essa questão séria do petróleo, nada
disso tem capacidade para atrapalhar o crescimento".
Segundo Palocci, o Brasil não
está mais vulnerável como estava
em 2002, ano da eleição presidencial. "O país está blindado em relação à crise", disse ele, conforme
o relato de Oliveira.
O ministro Aldo Rebelo (Coordenação Política), disse que "a situação econômica e financeira do
governo é boa, o desempenho na
realização do superávit primário
está acima das expectativas e, portanto, o governo precisa executar
o Orçamento e promover as
obras, realizar os convênios e liberar os recursos". Aldo também
afirmou que a meta de crescimento pode ser superada.
Comércio exterior
Durante a reunião ministerial, a
Secom (Secretaria de Comunicação de Governo) divulgou dados
do Itamaraty e do Ministério do
Desenvolvimento segundo os
quais houve crescimento "muito
acima da média" das exportações
para os países visitados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Os dados mais fortes foram sobre o Oriente Médio. Comparando o primeiro trimestre deste ano
com igual período do ano passado, houve aumento das exportações para Kuait, Iêmen, Bahrein,
Jordânia, Catar e Síria. No caso da
Síria, as vendas passaram de US$
8 milhões para US$ 70 milhões.
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou
que o exercício de humildade pedido por Lula tem de ser feito todo dia, porque o Brasil tem ganhado cada vez mais importância
no cenário internacional. "No
âmbito da OMC [Organização
Mundial do Comércio], por
exemplo, não há nenhuma reunião de quatro ou cinco países
sem a participação do Brasil."
Amorim disse ter mencionado
na reunião que acabava de chegar
da Guiana, "mostrando que, às
vezes, a política externa não é feita
só de momentos espetaculares".
(WILSON SILVEIRA E GABRIELA ATHIAS)
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