São Paulo, sábado, 05 de junho de 2004

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OUTRO LADO

Minha vida é um livro aberto e estou feliz, diz ex-prefeito de SP

DA REPORTAGEM LOCAL

O ex-prefeito Paulo Maluf, pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PP, disse que sua vida é "um livro aberto" e defendeu a quebra automática de sigilo para todos os políticos que disputarem um cargo público.
"Eu defendi isso na eleição de 2002 [quando concorreu para o governo paulista]. O presidente, o governador, o senador, o deputado, o vereador, todos os políticos e os candidatos deveriam ter os sigilos bancário, fiscal e telefônico quebrados. O meu já foi [quebrado] quatro vezes. Minha vida é um livro aberto, e eu estou feliz."
A declaração de Maluf foi feita na manhã de ontem, durante visita política a bairros da zona sul de São Paulo.
Sobre as acusações do ex-vereador Armando Mellão Neto e do ex-motorista Marcos Feliciano, Maluf criticou o fato de o Ministério Público ouvir como testemunhas "dois marginais".
"O que na verdade é de se lastimar é que um promotor, que deve pautar suas ações pela ética, vá pegar dois marginais públicos para me acusar", afirmou Maluf.
Em nota à imprensa, o assessor Adilson Laranjeira disse que "quebras anteriores, referentes aos últimos 11 anos, foram exaustivamente examinadas e nada foi encontrado de irregular".
Desde o início da investigação, há cerca de três anos, o ex-prefeito afirma não ter contas bancárias no exterior e atribui as acusações a uma "perseguição política em período eleitoral". Aos que perguntam sobre os documentos enviados pela Suíça, Maluf costuma repetir que, se alguém encontrar os valores no exterior, ele irá doar o dinheiro. Seus familiares, diz Maluf, também não possuem contas fora do Brasil.
O Ministério Público informou que toda a documentação obtida por meio da quebra está sob segredo de Justiça.


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