São Paulo, sexta-feira, 05 de junho de 2009

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Painel

RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br

A vaga de Múcio

Com a ida de José Múcio para o TCU praticamente selada, está reaberta a disputa pelo comando da articulação política. O núcleo petista mais próximo a Lula considera esse um bom "ministério de entrada" para Antonio Palocci no caso de seu retorno ao governo -dali ele iria para a Casa Civil, quando da desincompatibilização de Dilma Rousseff. O PMDB, em princípio, não se opõe à substituição de Múcio por Palocci.
Já siglas como PP e PR têm uma outra ideia: gostariam de transformar em ministro o subchefe de Assuntos Parlamentares, Marcos Lima, responsável pela liberação das emendas. Seria assim uma solução "sem intermediários" para a massa da base aliada.



Ao vivo. O próprio Gilberto Carvalho deve se encarregar de dizer hoje ao PT, na reunião da corrente Construindo um Novo Brasil, em São Paulo, que fica no governo. Ele participa de uma mesa sobre "projeto para 2010" à tarde, ao lado de José Dirceu e Marco Aurélio Garcia.

Múltipla escolha. Sem Gilberto Carvalho na parada, a disputa pela presidência do PT pode ter até quatro nomes. Além de José Eduardo Dutra, provável opção do ex-Campo Majoritário, concorreriam José Eduardo Cardozo (Mensagem ao Partido), Iriny Lopes (Articulação de Esquerda) e Maria do Rosário ou Geraldo Magela (Movimento PT).

Bedel eletrônico. O líder do PT, Cândido Vaccarezza (SP), aderiu às mensagens de texto via celular para convocar os 78 deputados de sua bancada ao plenário na hora das votações nominais.

Carimbo. A cúpula do DEM se preocupa com a superexposição de Kátia Abreu (TO) na troca de chumbo com Carlos Minc (Meio Ambiente). Culpa o ministro, mas teme que a imagem de "Miss Desmatamento" grude na senadora.

Sem vergonha. Aliados de Renan Calheiros sinalizam que o líder do PMDB tentará postergar ao máximo o início da CPI da Petrobras e, se possível, impedir seu funcionamento. "É melhor ficar vermelho 15 dias do que amarelo seis meses", tem sido o mantra nas reuniões da tropa.

Paisagem. Integrantes da CPI das ONGs apontam demora do Banco do Brasil em enviar informações sobre entidades ligadas ao MST. As quebras de sigilo foram aprovadas no início de abril. Bancos privados já responderam ao pedido dos senadores.

Hábitos de mídia. O instituto Meta, recém-contratado pela Presidência da República para realizar "pesquisas de orientação", deve sair a campo em breve para perguntar "como a população se informa". O tema foi sugerido pelo ministro Franklin Martins (Comunicação Social).

Triunvirato. Propeg, Artplan e Agnelo foram as agências vencedoras da licitação de R$ 120 milhões para gerir a verba de publicidade do Ministério das Cidades.

Estágio. Não obstante as juras de amor do ex-tucano Eduardo Paes (PMDB) a Lula e Dilma, o prefeito do Rio enviou sua secretária da Fazenda, Eduarda La Rocque, para uma imersão com a equipe econômica do governo Serra. Quer dicas para melhorar a qualidade das despesas e incrementar a arrecadação.

Visitas à Folha. Celso Lafer, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de SP, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava com Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fapesp.

Walter Manna Albertoni, reitor da Universidade Federal de São Paulo, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Miriam Elena Cabral Baceto, diretora de Comunicação e Marketing Institucional da Unifesp, e Lucia Caetano, assessora de imprensa.

com VERA MAGALHÃES e LETÍCIA SANDER

Tiroteio

"A redução da vantagem do Serra sobre a Dilma parece estar dando coceira no Aécio. Daí a recente contundência dele."

Da senadora IDELI SALVATTI (PT-SC), líder do governo no Congresso, sobre o governador de Minas Gerais, segundo quem "nunca antes neste país se viu uma distribuição tão farta de cargos públicos".

Contraponto

Olha isso!

Deputados assistiam à apresentação dos resultados de uma pesquisa sobre reforma política encomendada pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar. Para descontrair, o diretor do Diap, Antonio Queiroz, revelou, preservando o nome do autor, a resposta de um deputado quando lhe pediram opinião sobre voto distrital:
-Eu sou terminantemente contra! Imagine só o dinheirão que se gastaria trazendo os eleitores do meu Estado para votar aqui no Distrito Federal!
Polido, Queiroz atribuiu a resposta a "mera distração" do entrevistado, mas a galera não perdoou:
-CQC no colega!- sugeriu um dos presentes.


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