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Servidor perde
estabilidade
VIVALDO DE SOUSA
da Sucursal de Brasília
A promulgação da reforma administrativa deverá permitir aos
Estados e aos municípios demitir
servidores públicos, a partir do
próximo ano, para reduzir seus
gastos com pessoal a até 60% da
sua receita líquida.
Em 1997, 16 Estados e o Distrito
Federal gastaram acima desse limite. Em Alagoas, por exemplo,
92,6% das receitas eram usadas
para o pagamento de pessoal, incluindo os servidores públicos ativos e os aposentados.
O limite de 60% está fixado na
Lei Camata. Pela lei, quem estivesse acima deveria se ajustar até dezembro deste ano, mas o governo
vai propor ao Congresso Nacional
que o prazo seja prorrogado até
dezembro de 1999.
A reforma administrativa é apenas mais uma medida para mudar
a administração pública. No ano
passado, por exemplo, o governo
recadastrou servidores públicos
aposentados e pensionistas para
cancelar benefícios irregulares.
Desde janeiro, o Ministério da
Administração suspendeu o pagamento de 5.167 aposentados e de
9.266 pensionistas. Juntos, esses
inativos receberiam R$ 5,766 milhões por mês, conforme estimativa do governo. Ou seja, o governo
economizou R$ 23,066 milhões de
janeiro a abril.
O recadastramento dos 600 mil
servidores públicos aposentados e
pensionistas foi realizado porque
o governo suspeitava que alguns
benefícios estavam sendo pagos
irregularmente. Antes de o recadastramento terminar, 5.000 pessoas se apresentaram espontaneamente para cancelar seu benefício.
Agora, o ministro Luiz Carlos
Bresser Pereira (Administração)
vai encaminhar aos departamentos de recursos humanos dos órgãos governamentais os nomes
das pessoas que tiveram seus benefícios cancelados. Esse é o primeiro passo para tentar obter a
devolução dos valores pagos ilegalmente nos últimos anos.
O governo espera economizar
R$ 74,967 milhões no período de
12 meses, incluindo o pagamento
do 13º salário.
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