DA REPORTAGEM LOCAL

O candidato do PPB à Prefeitura de São Paulo, Paulo Maluf, criticou ontem dois dos factóides colocados em prática pelo prefeito Celso Pitta (PTN) na tentativa de demonstrar que o Executivo municipal está trabalhando apesar de envolvido em uma série de denúncias de corrupção.
Os alvos de Maluf foram a operação ""Sinal Alerta", que promete a intensificação da fiscalização contra o comércio de ambulantes nos semáforos, e a decisão da prefeitura de multar proprietários de imóveis pichados.
""Os flanelinhas que estão vendendo essas coisas nos faróis são pessoas honradas, decentes, que têm vontade de trabalhar e estão ganhando honestamente o seu dinheiro. Eu não reprimiria. Acho um grave erro do prefeito", afirmou Maluf, durante campanha na zona norte da cidade.
Na avaliação do pepebista, o problema das pichações envolve questões culturais e não medidas policiais. ""Antes de tudo, precisamos conscientizar a população para que colabore."
Por intermédio de sua assessoria, Pitta afirmou apenas que não é candidato à reeleição.
O pepebista voltou a defender o PAS, programa que vem sendo investigado pelo Ministério Público por suspeita de suposto esquema de corrupção. ""O meu PAS funcionou. Não era essa porcaria que está aí", disse ele. ""No meu tempo remédio era comprado mais barato que o preço justo."
Investigações do Ministério Público indicam que muitas das irregularidades encontradas no plano já eram praticadas na administração do ex-prefeito.
O Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu anteontem dar prosseguimento à ação movida pelo ex-prefeito contra o promotor José Carlos Blat, os delegados Romeu Tuma Júnior e Naief Saad Neto e o vereador José Eduardo Martins Cardozo (PT) pela divulgação de fita em que Maluf era apontado como o pai da menor P.S.E.R.O.
Exame de DNA demonstrou que o pepebista não é o pai da criança. A Procuradoria Geral de Justiça havia solicitado a rejeição da denúncia.


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