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PAINEL
Vera Magalhães (interina) @ - painel@uol.com.br
Papel passado
O PMDB sela na próxima segunda-feira, com pompa e cara de adesão "oficial", seu apoio a Luiz Inácio
Lula da Silva. O "noivado" acontece amanhã, na Granja do Torto, só com os interlocutores mais antigos, Renan Calheiros e José Sarney à frente. Seria um jantar,
mas compromissos regionais dos caciques dificultaram a agenda. Devem se encontrar à tarde, para definir os termos do manifesto de apoio à reeleição.
Na segunda, no lançamento do Movimento Pró-Lula, será entregue o documento, que terá chancela, segundo cálculo dos governistas, de 16 a 21 diretórios. O
texto falará logo de cara em "governo de coalizão", como forma de marcar o compromisso de maior participação peemedebista num eventual segundo mandato.
O eleito. O PT indicou Luiz
Marinho (Trabalho) para a estratégica vaga de coordenador
da campanha de Lula em São
Paulo. O ministro topa e se
dispõe a se licenciar do cargo.
Só falta o aval do presidente.
Caixa preta. O Ministério
da Defesa invocou "riscos à
segurança do Estado" para
negar informações a respeito
da reforma e da manutenção
do Aerolula, pedidas pelo deputado Antonio Carlos Pannunzio (PSDB-SP).
Letra morta. A presença
de assessores do Planalto na
reunião da campanha reeleitoral contraria circular distribuída há duas semanas pelo
PT. "Atividades não devem
ser realizadas em horário de
trabalho", afirma o texto.
Salto alto. Aliados de José
Serra e Aécio Neves dizem
que, ao defender a reeleição
ontem na TV, Geraldo Alckmin quebrou a palavra. "Depois de subir um pouco nas
pesquisas, ele já começa a colocar as asinhas de fora", diz
um cacique tucano.
Agenda cheia. Alckmin
conta com uma caravana de
dois dias a cidades-pólo de
Minas como forma de herdar
votos de Aécio. Ontem, aliados do governador diziam que
a viagem subiu no telhado.
Cola. Os grupos encarregados do plano de governo de
Alckmin terão tarefas semanais: elaborar notas técnicas
para o presidenciável sobre
temas em pauta. É uma forma
de refutar a crítica de que falta
"conteúdo" à campanha.
Pires. O candidato tucano ao
governo do Rio, Eduardo
Paes, visitou ontem o QG de
campanha de Alckmin. Relatou dificuldades em obter recursos e insinuou um pedido
de ajuda. A resposta, por ora, é
que o cobertor é curto.
Vazou. Além de João Caldas
(PL-AL) e Nilton Capixaba
(PP-RR), integram a lista dos
denunciados pela Procuradoria no caso dos sanguessugas
os deputados Elaine Costa
(PTB-RJ), Benedito Dias (PP-AP), Vanderlei Assis (PP-SP),
Isaías Silvestre (PSB-MG),
João Mendes (PSB-RJ) e Iris
Simões (PTB-PR).
Tarde demais. Juntamente com os 15 primeiros
nomes dos investigados no esquema das ambulâncias, a
presidente do Supremo, Ellen
Gracie, mandou uma carta à
CPI apelando contra o vazamento em nome das "boas relações" entre os Poderes.
Saudosista. Aloizio Mercadante não dará início à sua
campanha ao governo na capital. Amanhã, vai a Santos,
cidade onde nasceu, para visitar amigos antigos em busca
de um tom mais emotivo para
largada da disputa paulista.
Nova direção. Hamilton
Lacerda, vereador de São Caetano, substituirá Chico Macena, vereador da capital, na
coordenação dos programas
de TV de Mercadante. Lacerda deixou de se candidatar a
deputado estadual para se dedicar só à campanha.
Caravelas. Cesar Maia,
agora, anuncia o lançamento
do "blog de Pero Vaz de Caminha", com "novas cartas a Cabral". Trata-se de provocação
a Sérgio Cabral, candidato do
PMDB ao governo do Rio.
Tiroteio
Um fingiu não ver vampiros na Saúde. Outro
fingiu não ver o PCC em São Paulo. Agora,
fingem não usar a máquina a seu favor.
Do deputado LUCIANO ZICA (PT-SP), sobre José Serra, que no domingo
agiu como se ainda fosse prefeito em evento de sua candidatura ao governo, e Geraldo Alckmin, que recebeu secretários estaduais em horário de expediente para discutir sua candidatura presidencial.
Contraponto
Só uma coisinha
No início do ano, a ex-primeira-dama da França Dani-
elle Mitterrand visitou Conceição do Mato Dentro para
apoiar a criação da Reserva da Biosfera do Espinhaço, a
convite do prefeito da cidade, José Fernando de Oliveira.
À noite, foi recebida num jantar típico, com tutu, leitão,
quiabo com angu e outras iguarias da comida mineira.
Ao ver a mesa preparada pelos anfitriões, entre eles o
prefeito, orgulhoso por servir "um banquete", a viúva de
François Mitterrand não se vexou em cobrar:
-E as torradas? Não temos torradas?
Assessores de Oliveira saíram correndo para achar, noite adentro, alguma padaria aberta na pequena cidade.
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