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Aécio cede a pressões do PFL e muda candidatura ao Senado
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO
HORIZONTE
Governador de Minas e candidato à reeleição, Aécio Neves
(PSDB) cedeu à pressão do PFL
e trocou o candidato ao Senado
na aliança que o sustenta.
Depois de ameaçar deixar a
aliança por não ter sido contemplado na chapa majoritária,
o presidente regional do PFL,
deputado federal Eliseu Resende, disputará o Senado.
Ele tomou o lugar da ex-presidente da Associação Mineira
de Municípios, Adriene Andrade (PL), mulher do atual vice-governador, Clésio Andrade
(PL), que estava ao lado de Aécio, na noite de ontem, quando
o tucano anunciou o desfecho
da crise com o PFL.
Aécio agradeceu Clésio e sua
mulher por terem cedido a vaga
ao pefelista. Clésio vai ser o primeiro-suplente do candidato
do PFL.
Conforme a Folha apurou,
essa era a idéia inicial do governador, mas o PFL, especialmente o seu presidente nacional, Jorge Bornhausen (SC),
não aceitou porque, pela proposta o mandato entre o titular
e suplente poderia ser dividido,
quatro anos para cada um.
Com a recusa, o PFL acabou ficando sem nada.
Questionado se nessa nova
composição anunciada haveria
essa possibilidade, Aécio disse:
"Isso nem sequer foi cogitado.
Quem vencer as eleições será
senador da República".
Pressões
Sobre a reação do PFL, especialmente de Bornhausen, Aécio disse que desde o início sabia que algumas postulações
não poderiam ser atendidas e
que por isso buscou conversar.
E menosprezou as pressões do
pefelista.
"O PFL é um forte partido,
sempre houve a cogitação de o
PFL participar da chapa majoritária. Em um determinado
momento, caminhamos numa
outra direção, mas avaliamos,
não por pressões externas, que
isso em Minas não tem a menor
importância", afirmou.
Aécio disse que "ao perceber
que poderia trazer algum desconforto para a aliança", o próprio Clésio o procurou para pôr
a vaga do Senado à disposição.
Na aliança formada por Aécio, o vice escolhido é Antônio
Augusto Anastasia, do próprio
PSDB. De perfil mais técnico,
Anastasia foi um "supersecretário" até abril. Comandou as
áreas de planejamento, administração e segurança.
Além do PSDB, PFL e PL estão também na aliança o PTB e
o PP. Outros partidos também
devem aderir ao "chapão".
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