São Paulo, quarta-feira, 05 de julho de 2006

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Aécio cede a pressões do PFL e muda candidatura ao Senado

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Governador de Minas e candidato à reeleição, Aécio Neves (PSDB) cedeu à pressão do PFL e trocou o candidato ao Senado na aliança que o sustenta.
Depois de ameaçar deixar a aliança por não ter sido contemplado na chapa majoritária, o presidente regional do PFL, deputado federal Eliseu Resende, disputará o Senado.
Ele tomou o lugar da ex-presidente da Associação Mineira de Municípios, Adriene Andrade (PL), mulher do atual vice-governador, Clésio Andrade (PL), que estava ao lado de Aécio, na noite de ontem, quando o tucano anunciou o desfecho da crise com o PFL.
Aécio agradeceu Clésio e sua mulher por terem cedido a vaga ao pefelista. Clésio vai ser o primeiro-suplente do candidato do PFL.
Conforme a Folha apurou, essa era a idéia inicial do governador, mas o PFL, especialmente o seu presidente nacional, Jorge Bornhausen (SC), não aceitou porque, pela proposta o mandato entre o titular e suplente poderia ser dividido, quatro anos para cada um. Com a recusa, o PFL acabou ficando sem nada.
Questionado se nessa nova composição anunciada haveria essa possibilidade, Aécio disse: "Isso nem sequer foi cogitado. Quem vencer as eleições será senador da República".

Pressões
Sobre a reação do PFL, especialmente de Bornhausen, Aécio disse que desde o início sabia que algumas postulações não poderiam ser atendidas e que por isso buscou conversar. E menosprezou as pressões do pefelista.
"O PFL é um forte partido, sempre houve a cogitação de o PFL participar da chapa majoritária. Em um determinado momento, caminhamos numa outra direção, mas avaliamos, não por pressões externas, que isso em Minas não tem a menor importância", afirmou.
Aécio disse que "ao perceber que poderia trazer algum desconforto para a aliança", o próprio Clésio o procurou para pôr a vaga do Senado à disposição.
Na aliança formada por Aécio, o vice escolhido é Antônio Augusto Anastasia, do próprio PSDB. De perfil mais técnico, Anastasia foi um "supersecretário" até abril. Comandou as áreas de planejamento, administração e segurança.
Além do PSDB, PFL e PL estão também na aliança o PTB e o PP. Outros partidos também devem aderir ao "chapão".


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