São Paulo, quarta-feira, 05 de julho de 2006

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SÃO PAULO

Ministério Público denuncia Pitta à Justiça por corrupção

ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA

O Ministério Público Federal de São Paulo denunciou ontem o ex-prefeito paulistano Celso Pitta (PTB) pelos crimes de lavagem de dinheiro (duas vezes), formação de quadrilha, evasão de divisas e corrupção. As penas para estes crimes vão de 11 a 41 anos de detenção.
Pitta, que governou a capital paulista entre 1997 e 2000, vinha sendo investigado junto com seu antecessor, Paulo Maluf (PP). Para a Procuradoria e para a Polícia Federal, eles participaram de esquema de desvio de dinheiro de obras públicas, remessa ilegal de verbas para o exterior e ocultação de bens.
No mês passado, US$ 1 milhão atribuídos a Pitta no exterior retornaram ao Brasil e estão à disposição da Justiça.
O Ministério Público acredita que ele tenha movimentado outros US$ 63 milhões em paraísos fiscais. Maluf, padrinho político de Pitta, é réu em processos penais pelos mesmos crimes. No caso de Pitta, a Justiça Federal ainda precisa aceitar a denúncia para que seja aberta ação penal. Maluf e Pitta, que disputarão vagas na Câmara, negam as acusações.
As suspeitas contra Pitta estão baseadas em documentos enviados pela Suíça e pelos EUA ao Brasil. De acordo com papéis internacionais, Pitta manteve pelo menos três contas no exterior não-declaradas no Brasil, todas com nomes fictícios, como Diderot, usado em conta no Commercial Bank de NY (atual Banco Safdié S.A), entre 1993 e 1997.
Para o procurador Rodrigo de Grandis, autor da denúncia, e para o promotor Sílvio Marques, que abriu ação contra Pitta por enriquecimento ilícito, as contas de Pitta e de Maluf foram abastecidas com dinheiro do erário. (LC)


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