São Paulo, quinta-feira, 05 de agosto de 2004

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PAINEL

Janela de oportunidade
A Comissão de Assuntos Econômicos quer sabatinar o novo diretor do BC Rodrigo Azevedo na terça. É a senha para a oposição tratar de Henrique Meirelles e Cássio Casseb, cuja ida ao Senado o governo tenta evitar.

Ontem e hoje 1
Agora, José Dirceu diz que "não se pode colocar a autoridade monetária na situação em que está sendo colocada". Em 1999, pedia CPI sobre o Banco Central: "Precisamos mudar o sistema financeiro brasileiro".

Ontem e hoje 2
Já o tucano Arthur Virgílio, que tortura Meirelles sem dó, em 1999 via apenas qualidades no presidente do BC: "Se minha mulher tiver um filho, quero que ele se chame Armínio".

Longe de mim
Logo cedo, Palocci telefonou a Dirceu para dizer que não o culpa pela longevidade da CPI do Banestado, calvário da equipe econômica. O que não impede o ministro da Fazenda de torcer pelo fim próximo da comissão.

Longa data
A relação entre o tesoureiro do PT, Delúbio Soares, e Ivan Guimarães, diretor do BB na berlinda desde o episódio dos ingressos comprados para show petista, vem pelo menos desde a época em que ambos atuavam no Conselho Deliberativo do FAT.

New look
"Que bom vê-la rediagramada!", saudou o senador Heráclito Fortes ao ver Ideli Salvatti sem o colar ortopédico. "É elogio ou crítica?". Na dúvida, a petista preferiu a primeira opção.

Segredo revelado
Contrariados, diretores do Banco Central enxergam a digital de Marcos Lisboa, secretário de Política Econômica, na revelação do outrora secreto "Grupo de Fátima", que reúne para discussões de conjuntura a cúpula do BC e uns poucos representantes da finança privada.

Afinidades eletivas
Sem prejuízo do empenho em eleger a maior bancada possível de vereadores, são quatro os candidatos do coração de Marta Suplicy: seus ex-secretários José Américo, Paulo Teixeira e Donato e Chico Macena, que teve passagens pela CET e pela subprefeitura de Vila Prudente.

Liquidação de inverno
Depois dos outdoors e banners, a campanha petista despejará na capital farto estoque de camisetas de Marta e de seus candidatos à Câmara.

Flashback
Após 12 anos, Lídice da Mata (PSB) voltará hoje à sede da TV Bahia, controlada pela família de ACM, para ser entrevistada como candidata em Salvador. Ela esteve ali uma única vez, em 1992, ao se eleger prefeita. Depois, só apanhou da emissora.

Grampo no ar
Também banido da TV Bahia desde que rompeu com o carlismo, o candidato Benito Gama (PTB) aproveitou sua entrevista, ontem, para estocar o ex-chefe. "Como homem, fiquei magoado com o grampo que fizeram em mim e em minha filha."

Cartas na mesa
A associação das loterias convocou os bingueiros a marcharem hoje sobre Brasília, onde o STF julga o poder dos Estados sobre os jogos. Até pacotes em hotéis foram providenciados.

Visitas à Folha
Manoel Francisco Pires da Costa, presidente da Fundação Bienal de São Paulo, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Paulo Antônio Skaf, presidente da Associação Brasileira de Indústria Têxtil e de Confecção e candidato à presidência da Fiesp.
 
Daniel Gaxit, embaixador de Israel, visitou ontem a Folha.

TIROTEIO

Do secretário estadual da Segurança, Saulo de Abreu Filho, sobre declaração do petista José Mentor, segundo quem o governo paulista, do PSDB, entregou veículos novos à polícia apenas porque é ano eleitoral:
-O deputado deveria trocar a ironia pela curiosidade em saber quanto o governo Alckmin gasta em cada carro. É muito menos do que a Prefeitura de São Paulo e o governo federal.

CONTRAPONTO

A quem pedir

Amigo do presidente Tancredo Neves (1910-1985), o jornalista Mauro Santayana se preparava para embarcar para a Itália, em meados dos anos 80, quando encontrou um antigo conhecido no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.
Após a morte de Tancredo, Santayana havia trabalhado como assessor político de José Sarney (PMDB-AP) nos primeiros meses do atual presidente do Congresso no Planalto.
Ao vê-lo com as malas na mão, o amigo quis saber o destino e o motivo da viagem:
-Vou ser adido cultural do Brasil na Embaixada em Roma-, respondeu o jornalista.
Admirado, o interlocutor de Santayana não se conteve:
-Puxa, isso é tudo o que eu sempre pedi a Deus!
-Eu entendo como são essas coisas. Mas acho que você pediu à pessoa errada. Eu pedi ao presidente Sarney.


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