São Paulo, terça-feira, 05 de agosto de 2008

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Painel

RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br

Sonho meu

O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, pretende não apenas concorrer ao governo paulista em 2010 como fazê-lo pelo PSDB, partido instalado no Palácio dos Bandeirantes e ao qual ainda precisa se filiar. Seu plano, detalhado ontem a políticos com os quais se encontrou em São Paulo, prevê que Geraldo Alckmin, ganhando ou perdendo a prefeitura, fique fora da disputa estadual. E que José Serra deixe o cargo para tentar a Presidência. Inclui ainda o diagnóstico de que os demais tucanos não têm "carisma" para alçar tal vôo.
Skaf disse estar "muito bem articulado" com o empresariado paulista, e explicou que seu recente protagonismo na propaganda de televisão do Senai já foi um treino para a campanha vindoura.



Mais carga 1. No esforço para dar fôlego ao caso Alstom, a bancada do PT na Assembléia paulista apresenta hoje uma coletânea de 146 contratos firmados durante a gestão Alckmin com a alemã Siemens, a maioria em consórcio com a Alstom, a um custo total de R$ 3 bilhões.

Mais carga 2. O caso é apurado pelo Ministério Público alemão a partir da mesma suspeita que atinge a Alstom: pagamento de propina a autoridades brasileiras em troca de contratos. Em tempo: Alckmin divide com a candidata do PT, Marta Suplicy, a liderança das pesquisas.

Vai na frente... Loucos para fincar um pé na canoa de Alckmin, mas interessados em deixar o outro (quem sabe o dia de amanhã?) na de Gilberto Kassab, os vereadores do PSDB inventaram um novo jeito de fazer campanha.

...que eu já vou. Eles participam das caminhadas com Alckmin, mas mandam seus assessores às de Kassab.

Meu gari. O Cidade Limpa é de Kassab, mas Alckmin não quer fazer feio. Recolheu pessoalmente santinhos que ficaram espalhados no chão após caminhada na zona sul.

Estréia. Aécio Neves fará na quinta sua primeira aparição na campanha de Alckmin.

Numa boa. Manuela D'Ávila (PC do B) nega qualquer constrangimento entre seu partido e o PPS, que tem o vice de sua chapa em Porto Alegre.

Nunca antes. Depois dos elogios de Lula e Dilma Rousseff, também Celso Amorim rasgou seda para Barack Obama. Em entrevista à mais recente edição da revista "Newsweek", o chanceler disse ser um grande avanço "o fato de os EUA terem um candidato a presidente com uma avó que vive no Quênia".

Vade retro. Diálogo entre dois funcionários do cerimonial durante o almoço oferecido por Cristina Kirchner a Lula. "Você sabe se o Chávez vem?", pergunta o brasileiro. "Não sei. Se vier, me mato", responde o argentino.

Caravana. Além da comitiva de Lula, que segue hoje para Pequim, diretores de estatais e autarquias patrocinadoras de atletas também irão à festa. A presidente da Caixa Econômica, Maria Fernanda Ramos Coelho, embarca amanhã e fica lá até o dia 11.

Há vagas. Recém-defenestrado da Secretaria da Segurança de Yeda Crusius (PSDB), o ex-superintendente da PF no Rio Grande do Sul Francisco Mallmann não ficará ao relento. Foi convidado pelo ministro Tarso Genro a assumir diretoria da Secretaria Nacional de Segurança.

Causídico. Réu em mais de uma dezena de ações, Zeca do PT acaba de obter autorização da OAB de Mato Grosso do Sul para iniciar oficialmente sua carreira jurídica. Em ato solene na entidade, o ex-governador, aluno de direito em Campo Grande, recebeu credenciamento de estagiário.

Barrados. O TSE já conta 10.423 candidatos inaptos a disputar neste ano-290 tentariam vaga de prefeito, 433 de vice e 9.700 de vereador.

com VERA MAGALHÃES e SILVIO NAVARRO

Tiroteio

"Falar de galo é ato falho. O pessoal da Marta deve estar com saudades de Duda Mendonça, preso numa rinha na campanha de 2004."

Do vereador CARLOS APOLINÁRIO , líder do DEM na Câmara paulistana, sobre o coordenador da campanha do PT, Carlos Zarattini, que comparou os "desafios temáticos" lançados por Kassab à ex-prefeita ao "Desafio ao Galo", antigo torneio de futebol de várzea.

Contraponto

Em série

Semanas atrás, tucanos e "demos" se desdobraram para prestigiar, na mesma noite e no mesmo Conjunto Nacional, os lançamentos de "Cidade Limpa", do kassabista Leão Serva, e "Pedagogia da Amizade", do alckmista Gabriel Chalita. O vereador Ricardo Montoro (PSDB) já havia marcado presença no primeiro evento e, com o livro do ex-secretário estadual da Educação em punho, estava pronto para encarar o segundo quando viu a extensa fila à sua frente. Aproximou-se então do autor e foi sucinto:
-Parabéns, Chalita. O autógrafo eu pego no próximo.
Com apenas 39 anos, o também candidato a vereador tem no currículo mais de 40 títulos publicados.


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