São Paulo, terça-feira, 05 de agosto de 2008

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Governo nega pressão para abrigar ex-padre

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo brasileiro negou que tenha havido ingerência ou pressão no processo de refúgio político do colombiano Francisco Antônio Cadena Collazos, o Olivério Medina, ex-padre considerado representante das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) no país.
Luiz Paulo Barreto, secretário-executivo do Ministério da Justiça e presidente do Conare (Comitê Nacional para Refugiados), considerou "estranho" o assunto ressurgir no momento em que a Colômbia endurece sua política interna e discute a sucessão presidencial, prevista para maio de 2009.
Segundo Barreto, não houve pressão "nem do então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, nem do presidente Lula ou de seu chefe-de-gabinete, Gilberto Carvalho". "O Conare se baseia também em aspectos políticos, mas a decisão é estritamente técnica", disse. O governo concedeu o status de refugiado político a Medina em 2006, quando ele disse ter rompido os laços com a guerrilha, embora admitiu envolvimento no passado.
O Conare aprovou recentemente a renovação do visto de Medina. Ele ingressou na Polícia Federal com pedido de naturalização, caso que será analisado pelo Ministério da Justiça. (LUCAS FERRAZ)


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