São Paulo, quinta-feira, 05 de setembro de 2002
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PIAUÍ Prefeito é acusado de trocar terrenos por votos O prefeito de Cocal (PI), José Maria Monção (PFL), está sendo acusado pela oposição de distribuir terrenos em troca de votos. A cidade, que tem 24 mil habitantes, é uma das 194 em situação de emergência por causa da seca no Estado. Em uma fita que teria sido gravada em um evento no comitê do partido em 22 de agosto, aniversário da cidade, ele anuncia a distribuição de 500 lotes de terra, diz que vai nomear cerca de cem mulheres para ensinar as pessoas a votar nos candidatos que ele apóia e que fará um sorteio, possivelmente entre os que ganharam o terreno, para saber se eles aprenderam. "Essas moças vão chegar na casa de vocês e vão ter o cuidado de ensinar um a um: "Olhe vote assim, assim". Porque lá no fim da campanha, mais ou menos do dia 25 para o dia 30, eu vou fazer um sorteio, pra saber quais as pessoas que sabem votar. Eu posso escolher o nome desses que já ganharam o terreno. Vamos fazer uma lista de nomes." No evento em que distribui os terrenos, o prefeito pede voto para candidatos que apóia. A fita com a gravação foi encaminhada pela equipe do candidato do PT ao governo, Wellington Dias, ao Comitê Estadual de Combate à Corrupção Eleitoral no Piauí -formado pela OAB-PI, CUT e Arquidiocese de Teresina-, que entregou ontem o material a procurador eleitoral no Estado, Wellington Bonfim. "Isso é uma forma de pressionar -"Me mostre aqui que você sabe votar". Ele está condicionando o terreno ao voto", afirma Paulino Brandim, representante da OAB no comitê. Monção não foi localizado para comentar o caso. A secretária de Administração de Cocal, Eunice Brito do Rosário Silva, disse que a fita seria uma montagem e que é verdade que o prefeito distribuiu terrenos e que o comitê do PFL está ensinando os eleitores a votar, mas em eventos separados. (DA AGÊNCIA FOLHA) Texto Anterior: Giro pelo País - Alagoas: Jovens protestam contra Collor Próximo Texto: Rio Grande do Sul: Britto adotará tática agressiva Índice |
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