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BAHIA
Ex-senador busca reocupar espaço na política nacional com comícios, visitas a cidades e conversas com mais de 50 políticos por dia
Após renúncia e sob críticas, ACM tenta volta
LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
Depois de sair pela porta dos
fundos do Senado Federal, ao renunciar em maio de 2001 por envolvimento no escândalo da violação do painel eletrônico, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA),
75 anos completados ontem, prepara sua "ressurreição política"
com comícios, visitas diárias a
três municípios baianos e conversas com pelo menos 50 políticos.
O "fôlego juvenil" mostra a necessidade de ACM voltar por cima e já causou pelo menos um estrago: as pesquisas mostram uma
liderança do candidato de ACM
ao governo -Paulo Souto- impulsionado pelo "padrinho".
"Para compensar o pouco tempo que tenho, procuro visitar um
mínimo de três municípios por
dia", disse ACM, candidato ao senado. Depois dos comícios, ACM
ainda despacha em seu escritório.
"Não existe um dia que não converso com mais de 50 políticos."
O mais influente líder político
da Bahia dos últimos 30 anos já foi
dado como "morto" pela oposição em pelo menos duas vezes.
A última delas foi em maio de
2001, quando renunciou ao mandato para não ser cassado.
"Sei que tenho qualidades como
político, mas, o que me impressiona, é a burrice das oposições."
Em comemoração ao seu aniversário, o ex-presidente do Congresso participou de uma missa,
ontem, no Pelourinho.
Embora reconheçam a força
eleitoral de ACM, políticos oposicionistas creditam a sua popularidade à utilização da máquina administrativa e ao "controle" dos
meios de comunicação.
"Existe uma desigualdade muito grande entre as forças políticas
da Bahia. ACM sempre se beneficiou do poder para exercer um
controle quase que absoluto sobre
os meios de comunicação e a Justiça", disse o coordenador da
campanha do deputado Jaques
Wagner (PT) ao governo, Rui
Costa dos Santos.
A família do ex-senador controla a "Rede Bahia de Comunicação", grupo que retransmite a
Globo e administra um jornal.
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