DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Ao pregar mais agressividade na política externa brasileira e defender-se das críticas de que viaja demais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que vai tentar convencer o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, a aproximar-se mais do Brasil, em detrimento dos Estados Unidos.
Lula disse que tentará convencer Uribe a "pensar mais seriamente que a possibilidade que a Colômbia tem de crescimento é se aproximar do Brasil e não ficar achando que são os Estados Unidos que vão ajudá-los".
Dirigindo-se especificamente aos empresários que integram o CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social), reunidos no Palácio do Planalto, Lula afirmou que é pensando assim que sai de um encontro em São Paulo às 23h do dia 15, vai à Colômbia e volta depois do almoço -tudo isso para falar com o "companheiro Uribe".
Lula aproveitou a ocasião para defender-se de críticas que leu na imprensa segundo as quais viaja mais do que seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso, que já era criticado por viajar muito. A agenda de viagens de Lula foi criticada recentemente pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Maurício Corrêa, em entrevista à revista "Veja".
"Tem gente até que se incomoda que o presidente está viajando demais. Eu já vi até artigo dizendo: "Nossa, como ele viaja". Se eu não viajasse, iam dizer: "Ele não viaja porque não fala inglês"."
Segundo Lula, existe uma demanda internacional pelo Brasil e ele precisa viajar para defender interesses estratégicos do país. Ele repetiu que pode errar em qualquer coisa, menos na política.
Lula disse que os países desenvolvidos não vão reduzir os subsídios somente porque países emergentes precisam resolver seus problemas sociais.
(WILSON SILVEIRA)


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