São Paulo, domingo, 05 de setembro de 2004

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DATAFOLHA

Cambraia tem 28%, Moroni, 24%, e Arruda, 23%

Pesquisa em Fortaleza mostra três deputados empatados em primeiro

KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

Pesquisa Datafolha sobre a disputa à Prefeitura de Fortaleza, feita em parceria com o jornal "O Povo", mostra três candidatos tecnicamente empatados em primeiro lugar -mas com uma inversão na ordem em que cada um deles apareceu na pesquisa anterior, divulgada no final de julho.
Segundo o levantamento, o deputado federal Antonio Cambraia (PSDB), que tinha 21%, agora tem 28%; o deputado federal Moroni Torgan (PFL), que tinha 23%, oscilou um ponto e está com 24%; e o deputado federal Inácio Arruda (PC do B), que tinha 28%, perdeu cinco e agora está com 23%.
Há empate técnico entre os três candidatos, pois a margem de erro é de três pontos, para mais ou para menos. A pesquisa, a primeiro do Datafolha após o início da propaganda na TV e no rádio, foi feita nos dias 31 de agosto e 1º de setembro, com 881 pessoas, e registrada sob o número 12/2004.
A candidata Luizianne Lins (PT), que tinha 3%, agora tem 8%. Já Aloisio Carvalho (PMDB), candidato apoiado pelo atual prefeito da capital, Juraci Magalhães (PMDB), foi de 2% para 5%.
A reação à queda de Inácio e à subida de Cambraia nas pesquisas já começou a ter reflexo na propaganda eleitoral. O programa de Inácio passou a ter como foco principal as críticas a Cambraia, neotucano que foi prefeito de Fortaleza de 1993 a 1996, com o apoio de Juraci. Agora, o principal padrinho de Cambraia é o senador tucano Tasso Jereissati.
Como forma de reforçar a candidatura do PC do B, as cúpulas do PT nacional e do governo federal, insatisfeitas com a candidatura petista, decidiram abandonar Luizianne à própria sorte, o que causou revolta entre os militantes.
Ontem, o ministro José Dirceu participou em Fortaleza de um almoço de adesão à candidatura de Inácio e pregou a derrota dos "adversários que estão onde sempre estiveram". Dirceu se recusou a falar sobre a falta de apoio à candidatura do próprio partido.
"Depois disso, ninguém mais no PT nacional terá o direito de cobrar fidelidade partidária de quem quer que seja. Quebrou-se o pacto partidário", disse o deputado federal João Alfredo Telles.


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