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Mineradora doou para campanha do PT R$ 10,5 milhões
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O PT que critica a privatização da Vale do Rio Doce e apóia
um plebiscito sobre a sua anulação recebeu gordas doações
de campanha no ano passado.
Foram R$ 10,53 milhões no
total repassados ao partido ou a
candidatos petistas em todo o
país na eleição de 2006, segundo dados do Tribunal Superior
Eleitoral. Só a campanha de Lula ficou com R$ 4,05 milhões.
O Diretório Nacional do PT
recebeu mais R$ 2,65 milhões,
que foram repassados a campanhas do partido. A Vale foi a
quarta maior doadora contabilizando recursos dados ao partido, não diretamente a candidatos. Outros 40 candidatos do
PT receberam R$ 3,83 milhões.
A empresa não quis comentar doações ao PT, dizendo que
tem como prática contribuir
com quase todos os partidos.
Os petistas foram os que
mais receberam. Para efeito de
comparação, o PSDB foi contemplado com R$ 8,98 milhões
pela mineradora, dos quais R$
3,2 milhões para seu candidato
presidencial, Geraldo Alckmin
(21% a menos do que Lula). O
restante foi para o partido e outros candidatos tucanos.
As doações foram feitas por
meio de três empresas 100%
controladas pela Vale: Caemi,
MBR e Urucum. Foi a brecha
legal que a mineradora encontrou para fazer suas contribuições, uma vez que ela própria,
por ser concessionária de serviço público, não poderia.
As doações de empresas controladas por concessionárias
chegaram a ser questionadas
pela área técnica do TSE, mas
acabaram sendo liberadas.
O tesoureiro do partido, Paulo Ferreira, diz que não haverá
problemas na relação entre as
instituições. "O PT e a Vale têm
maturidade para entender as
decisões que cada um toma. O
PT não se pronuncia sobre o
mérito do plebiscito, só defende sua realização. Não vejo como pode haver um abalo nas relações."
(FZ)
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