São Paulo, sexta-feira, 05 de setembro de 2008

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Abin tem áreas de inteligência e de administração

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

De forma geral, os cerca de 2.000 servidores da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) se dividem em duas grandes áreas: a das atividades-fim (que constituem o coração do órgão e na qual são produzidas informações repassadas à Presidência), sob o comando da Diretoria Adjunta de Ações de Inteligência; e a das atividades-meio (voltadas para gerenciar a própria agência e para subsidiar e colaborar com o trabalho de outras repartições), sob o comando da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Administração.
O Departamento de Inteligência Estratégica, por exemplo, acompanha situações "sensíveis" ao governo, como avanço do desmatamento, biopirataria na Amazônia, acompanhamento das ações do ex-padre Olivério Medina, que já foi considerado o embaixador das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) no país e a onda da febre aftosa.
Na Contra-Inteligência, a Abin é demandada por órgãos públicos que produzem tecnologia de ponta e suspeitam da ação de espiões interessados em roubar os seus segredos, como é o caso da Embrapa ou da Petrobras.
No Departamento de Contra-Terrorismo, a Abin concentra atividades em nove pontos de fronteira seca, além de cidades com concentração de comunidades onde existem indícios de pessoas ligadas a terroristas, tendência seguida no mundo todo.
Entre as atividades-meio está o trabalho do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico. Sua especialidade é produzir equipamentos para proteção da comunicação. Uma das criações são as placas de criptografia para telefones oficiais e urnas eleitorais.
Sob a gestão do delegado Paulo Lacerda, a Abin passou por uma reestruturação. Houve a criação de uma corregedoria, de dois novos departamentos na área de inteligência, o lançamento do primeiro concurso para contratação de servidores desde 2003 e a implantação do Sisbin (Sistema Brasileiro de Inteligência), que permitirá a troca de informações entre 25 órgãos públicos.
Além da corregedoria, atrelada à direção geral e que pela primeira vez vai apurar casos de desvios de conduta internos, a principal mudança da gestão de Lacerda foi a criação do Departamento de Integração do Sisbin.
Trata-se de estrutura em que estarão instalados servidores dos ministérios do Meio Ambiente e da Defesa, da PF, do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), entre outros, com acesso às suas bases de dados, e que podem, em tempo real, trocar informações diante de uma situação de emergência para o Estado brasileiro.
(ANDRÉA MICHAEL)



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