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Abin tem áreas de inteligência e de administração
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
De forma geral, os cerca de
2.000 servidores da Abin
(Agência Brasileira de Inteligência) se dividem em duas
grandes áreas: a das atividades-fim (que constituem o
coração do órgão e na qual
são produzidas informações
repassadas à Presidência),
sob o comando da Diretoria
Adjunta de Ações de Inteligência; e a das atividades-meio (voltadas para gerenciar a própria agência e para
subsidiar e colaborar com o
trabalho de outras repartições), sob o comando da Secretaria de Planejamento,
Orçamento e Administração.
O Departamento de Inteligência Estratégica, por
exemplo, acompanha situações "sensíveis" ao governo,
como avanço do desmatamento, biopirataria na Amazônia, acompanhamento das
ações do ex-padre Olivério
Medina, que já foi considerado o embaixador das Farc
(Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) no país
e a onda da febre aftosa.
Na Contra-Inteligência, a
Abin é demandada por órgãos públicos que produzem
tecnologia de ponta e suspeitam da ação de espiões interessados em roubar os seus
segredos, como é o caso da
Embrapa ou da Petrobras.
No Departamento de Contra-Terrorismo, a Abin concentra atividades em nove
pontos de fronteira seca,
além de cidades com concentração de comunidades onde
existem indícios de pessoas
ligadas a terroristas, tendência seguida no mundo todo.
Entre as atividades-meio
está o trabalho do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico. Sua
especialidade é produzir
equipamentos para proteção
da comunicação. Uma das
criações são as placas de
criptografia para telefones
oficiais e urnas eleitorais.
Sob a gestão do delegado
Paulo Lacerda, a Abin passou
por uma reestruturação.
Houve a criação de uma corregedoria, de dois novos departamentos na área de inteligência, o lançamento do
primeiro concurso para contratação de servidores desde
2003 e a implantação do Sisbin (Sistema Brasileiro de
Inteligência), que permitirá
a troca de informações entre
25 órgãos públicos.
Além da corregedoria,
atrelada à direção geral e que
pela primeira vez vai apurar
casos de desvios de conduta
internos, a principal mudança da gestão de Lacerda foi a
criação do Departamento de
Integração do Sisbin.
Trata-se de estrutura em
que estarão instalados servidores dos ministérios do
Meio Ambiente e da Defesa,
da PF, do Coaf (Conselho de
Controle de Atividades Financeiras), entre outros,
com acesso às suas bases de
dados, e que podem, em tempo real, trocar informações
diante de uma situação de
emergência para o Estado
brasileiro.
(ANDRÉA MICHAEL)
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