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Moradora pede que ONG ilumine rua onde mora
DA REPORTAGEM LOCAL
A assistente administrativa Vera Lessa, 45, voltava
de um curso que freqüenta
à noite quando notou que
sua filha, Talita, 19, a esperava no ponto de ônibus.
"Vim porque uma amiga
foi assaltada aqui perto
hoje", justificou a garota.
"O que é que você tem na
mão?", perguntou a mãe.
"Uma faca, para proteção".
Elas caminharam até a
casa onde moram, na rua
Dr. Luiz Fernando Ferreira, no Jardim Ângela, extremo sul de São Paulo. Os
postes dali não dão conta
de iluminar o trajeto, o
que transformou a via em
palco de vários assaltos.
Duas semanas depois,
há exatos 11 dias, ninguém
aguardava Vera no ponto.
Eram 23h e ela seguiu para
casa. Já na sua rua, foi
abordada por dois rapazes
de bicicleta. Eles investiram sobre sua bolsa, ela
puxou de volta. Quando a
abordagem seguia para a
luta física, outro morador
apareceu, espantando os
assaltantes.
Vera estuda fora do Jardim Ângela, mas trabalha
na mesma rua onde mora,
numa ONG. No dia seguinte à tentativa de roubo, pediu para que os chefes dessem um jeito na escuridão, pois seus pedidos
à subprefeitura local não
foram atendidos. A entidade instalou refletores no
prédio, clareando rua.
A prefeitura diz que a via
está na lista das que terão
as lâmpadas de mercúrio
dos postes trocadas pelas
de vapor de sódio, mais
eficientes. Cerca de 50%
das lâmpadas precisam ser
substituídas na cidade.
(CC)
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