São Paulo, sábado, 05 de outubro de 2002

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Garotinho cruzou limites, avalia tucano

RAYMUNDO COSTA
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Duas intervenções feitas pelo candidato do PSB a presidente, Anthony Garotinho, aborreceram José Serra no debate entre os presidenciáveis na TV Globo. O tucano avaliou que Garotinho "ultrapassou os limites" na tentativa de criar um fato eleitoral.
Serra condenou a tentativa de Garotinho de confundir Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com uma pergunta sobre a Cide, imposto embutido no preço da gasolina, e por sugerir que uma emenda constitucional em tramitação no Congresso poderia levar o governo a confiscar a poupança.
"Um factóide", classificou o tucano, ao chegar com a mulher Mônica, a vice Rita Camata (PMDB) e assessores para jantar no Satyricon, restaurante na zona sul do Rio. Já no pronunciamento feito após o debate, Serra condenou as "pegadinhas" de Garotinho, como classificou as questões feitas pelo ex-governador. No Satyricon, Serra afirmou que fora "sincero" ao defender o petista.
Chegou a dizer que teria socorrido Lula se estivesse próximo do petista -entre eles estava justamente Garotinho. Mas Serra também reservou farpas, entre um gole e outro de vinho, a Lula.
No debate, Lula disse que Serra não usava ônibus, quando discutiram sobre o preço da passagem em São Paulo. Serra ficou satisfeito ao dizer para Garotinho que ele estava na emissora certa, mas no programa errado -deveria estar no "Casseta & Planeta". Acredita que deixou o candidato sem ânimo para novas brincadeiras.



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