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RETA FINAL
De acordo com vice-presidente do PSB, militância do partido não tem número suficiente para atuar no dia da eleição
Garotinho terá boca-de-urna evangélica
MURILO FIUZA DE MELO
DA SUCURSAL DO RIO
LIEGE ALBUQUERQUE
DA REPORTAGEM LOCAL
O candidato do PSB à Presidência, Anthony Garotinho, contará
amanhã com uma estrutura nacional de evangélicos para fazer
boca-de-urna e tentar levá-lo ao
segundo turno.
De acordo com o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, a militância do partido, sozinha, não é
suficiente para, em todo o país, fazer o trabalho de convencimento
de eleitores na última hora.
"Eles [os evangélicos] não são
diferentes de um partido político.
Não temos meios de medir quantos farão boca-de-urna, mas serão
muitos. É algo espontâneo e fundamental [à candidatura]", afirmou Garotinho à Folha. A Lei Eleitoral proíbe a boca-de-urna.
Sem estrutura para a campanha, boa parte das lideranças do
partido que torcia o nariz para o
discurso religioso do candidato
agora admite que precisará da militância evangélica para fazer frente às equipes numerosas de boca-de-urna dos adversários.
"Não há ninguém mais estruturado do que eles [evangélicos] no
Brasil", disse Amaral. Para o coordenador da campanha, Márcio
França, o PSB não pode ignorar
nenhuma ajuda na boca-de-urna.
Ontem à tarde, em São Paulo,
Garotinho participou do encerramento da 56ª Escola Bíblica de
Obreiros, da Assembléia de Deus,
em São Paulo, que reuniu cerca de
1.500 pastores de todo o Brasil.
Durante o culto, Garotinho voltou a pedir a "multiplicação" de
votos dos fiéis no 40 (número do
PSB). Pediu, ainda, o "apoio e a vigilância essenciais" na boca-de-urna. Também agradeceu a "fidelidade" dos evangélicos, voltando
a dizer que, se eleito, "governará
para todas as religiões".
"John Kennedy [presidente dos
EUA entre 61 e 63" foi um político
que fez um grande governo e era
um católico na maior nação evangélica. Qual o problema do contrário?", questionou Garotinho.
Nos últimos 20 dias, o comando
da campanha montou uma grande estratégia de massificação da
candidatura. Cerca de mil pastores em todo o país foram transformados em "multiplicadores".
Cada pastor ficou obrigado a
conquistar 40 eleitores para Garotinho. Os novos "convertidos",
por sua vez, receberam a mesma
missão, levando adiante a multiplicação dos votos.
A responsável pelos multiplicadores em Belém, Francisca Alves,
explicou que cada multiplicador
ficará perto das zonas eleitorais,
identificado por um adesivo ou
camisa com o número 40. "Colas
da cédula de votação serão será
repassadas ao eleitor evangélico."
Colaborou CHICO DE GOIS, da Reportagem Local
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