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Garotinho, novo modelo de desenvolvimento
TITO RYFF
O atual governo deixará pesada
herança para seu sucessor. A fragilidade das contas externas do
país nunca foi tão grande, a dívida
pública interna cresceu de forma
assustadora e o desempenho medíocre da economia amplia o desemprego e perpetua a desigualdade social. É o resultado de oito
anos de um modelo econômico
que privilegia o capital financeiro
em detrimento da produção.
Na frente externa, o panorama é
também preocupante. Conflitos
internacionais se aguçam, senhores da guerra batem seus tambores e crescem as ameaças à soberania das nações, num cenário em
que o pano de fundo é um processo de globalização cada vez mais
desigual. Nessas circunstâncias,
que qualidades se requer de um
presidente do Brasil?
A primeira delas é a humildade.
O presidente não pode acreditar,
como fez Fernando Henrique,
que governar o Brasil é fácil. Humildade e sabedoria brotam da
experiência. Garotinho foi prefeito duas vezes, secretário de Estado, governador. Sabe que governar é tarefa exigente, que demanda trabalho, dedicação e atenção
constantes.
É preciso, em seguida, que o
presidente tenha equilíbrio, capacidade de negociação e disposição
para o diálogo. Garotinho, por
temperamento e formação, tem
esses predicados, que exercitou e
aperfeiçoou no desempenho das
funções públicas que ocupou.
Não se pode governar o Brasil
sem um compromisso verdadeiro
e comprovado com o resgate da
enorme dívida social acumulada
pelo país ao longo de sua história.
Isso não é matéria apenas de
convicção ideológica, mas requer,
sobretudo, sentimentos autênticos de compaixão e de solidariedade social. Garotinho, como homem público e pai de família, tem
dado testemunhos inequívocos
de que possui tais sentimentos.
É necessário que o próximo presidente, como é o caso de Garotinho, ame e tenha orgulho de nosso povo. Que aprecie suas qualidades e respeite sua natureza.
Só assim será capaz de defender
o interesse nacional com firmeza
e destemor, diante dos desafios da
globalização unilateral e injusta
que se pretende impor às nações
em desenvolvimento como o Brasil.
Fundamental, no Brasil de hoje,
que o governante tenha compromisso com o interesse público e
que não milite na política com
fins de enriquecimento pessoal.
Quem acompanha de perto a carreira de Garotinho sabe que os
cargos públicos que ocupou não
alteraram seu padrão de vida,
nem seu patrimônio pessoal.
Mas não basta que o candidato
possua todos esses atributos pessoais. É necessário que seu programa de governo e as forças políticas e sociais que o apóiam estejam em perfeita consonância.
Exigência, esta, imperiosa, sobretudo quando se trata de governar com o objetivo de promover a
justiça social, a construção de
uma democracia participativa e as
bases de um desenvolvimento
econômico que incentive a produção, a geração de emprego e o
conhecimento científico e tecnológico e não os lucros do capital financeiro especulativo.
É por essas razões que voto em
Garotinho.
Tito Ryff, economista formado pela Universidade de Paris, é o coordenador do
programa econômico do candidato do
PSB à Presidência, Anthony Garotinho. É
professor universitário. Foi secretário de
Agricultura no segundo governo de Leonel Brizola no Rio (1991-1994), vereador
e deputado estadual
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