São Paulo, terça-feira, 05 de outubro de 2004

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NOVO LAR

Palácio da Alvorada, residência oficial, ficará em reforma até maio

Lula muda para a Granja do Torto

Alan Marques/Folha Imagem
O carro de Lula passa por caminhão que leva mudança do Alvorada para a Granja do Torto


DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama, Marisa Letícia, mudaram ontem do Palácio da Alvorada para a Granja do Torto, residência oficial usada para os finais de semana e reuniões ministeriais. Com problemas hidráulicos e elétricos, o Alvorada passará por um processo de restauração, com previsão de término para maio de 2005.
Desde a semana passada, objetos pessoais do presidente e da primeira-dama começaram a ser levados do Alvorada, próximo ao Palácio do Planalto, à Granja do Torto, a 15 minutos de carro da sede do governo.
A restauração do palácio será paga por empresários ligados à Abdib (Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base). O "patrocínio" foi acertado em junho passado, em encontro de dirigentes da entidade com Lula. Pelo menos 21 empresários, segundo a Abdib, demonstraram interesse em ajudar a Presidência.
Em troca, devem ganhar um agradecimento formal de Lula após a doação e uma faixa nas proximidades do Alvorada.
Já a execução da obra ficará sob responsabilidade da Fundação Ricardo Franco, ligada ao Instituto Militar de Engenharia. O dinheiro doado pelos empresários será administrado pela fundação. O orçamento total da reforma, segundo a Abdib, ainda não foi fechado. O valor estimado é de R$ 16 milhões.
A restauração do palácio, patrimônio da União inaugurado em 1958, foi autorizada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). O projeto atual precisa passar pela aprovação de Oscar Niemeyer, que concebeu o palácio.
No governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), a Fundação Banco do Brasil chegou a encomendar um projeto de restauração a Niemeyer. À época, a planta foi engavetada.
No início do ano, o palácio foi tema de polêmica. Foi revelado, por meio de imagens aéreas, que a primeira-dama havia pedido a jardineiros da Presidência que, no jardim do palácio, plantassem flores (sálvias) vermelhas no formato de uma estrela -numa referência ao símbolo do PT. As sálvias acabaram abandonadas. (EDUARDO SCOLESE E JULIA DUAILIBI)


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