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Governo do RS aumenta impostos para fazer
SIMONE IGLESIAS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius
(PSDB), anunciou ontem pacote de medidas que, segundo ela,
servirá para recuperar as finanças e reduzir o déficit de R$ 1,27
bilhão do Estado.
São seis projetos de lei -que
ainda dependem da aprovação
da Assembléia Legislativa- e
um decreto. As medidas prevêem: aumento de impostos,
criação de uma Lei de Responsabilidade Fiscal estadual,
constituição de fundos de previdência e para pagamento de
precatórios, extinção de 700
cargos de confiança, venda de
imóveis, redução de incentivos
fiscais e isenção do ICMS para
microempresas.
Pela proposta da tucana, o
aumento do ICMS afetará todos os serviços e produtos, pois
a alíquota básica passará de
17% para 18%.
Também está prevista a ampliação do imposto sobre energia elétrica, telecomunicações,
combustíveis, bebidas alcóolicas, refrigerantes, e produtos
considerados supérfluos pelo
governo, como perfumaria, armas e munições.
Para amenizar os efeitos e
tentar garantir apoio na aprovação dos projetos, Yeda se
propôs a isentar do pagamento
de ICMS 260 mil microempresas com faturamento anual de
até R$ 240 mil e reduzir o imposto para alguns produtos, como farinha, concreto e tijolos.
O impacto pela elevação do
ICMS é de R$ 979 milhões brutos em 2008 e R$ 587 milhões
líquidos (descontada a participação dos municípios e a dívida
do Estado com a União).
O crescente gasto com pessoal, que consome 72% do Orçamento do Estado, e os constantes atritos entre Executivo e
Judiciário motivados pela redução dos repasses de recurso
para custeio e pagamento de
servidores motivaram o governo a apresentar uma proposta
de criação de uma Lei de Responsabilidade Fiscal estadual.
O projeto condiciona o crescimento das despesas com pessoal e custeio por todos os Poderes ao ingresso de receitas e
proíbe reajustes salariais em
último ano de mandato.
O governo enfrentou no último mês dois problemas com o
Judiciário: cortou recursos no
Orçamento de 2008 e enviou
aos deputados proposta contendo previsão de déficit.
O STF (Supremo Tribunal
Federal) determinou que Yeda
repasse ao Poder R$ 78 milhões
a mais e o Tribunal de Justiça
gaúcho exigiu que o governo
aponte fontes de recurso para
cobrir a estimativa de déficit.
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