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SALVADOR
DEM e PT disputam para ir ao 2º turno com atual prefeito
João Henrique (PMDB) lidera com 33% dos votos válidos, indica o Datafolha; ACM Neto tem 27% e Walter Pinheiro, 24%
Três candidaturas lançadas pela base aliada ao governo estadual transformou as eleições de Salvador na
mais acirrada desde 1996
LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
Os deputados federais Antonio Carlos Magalhães Neto
(DEM) e Walter Pinheiro (PT)
mantêm disputa acirrada para
participar do segundo turno da
eleição para a Prefeitura de Salvador contra o prefeito, João
Henrique Carneiro (PMDB).
Pesquisa Datafolha realizada
entre sexta-feira e ontem, com
1.644 eleitores, mostra que
João Henrique está com 33%
dos votos válidos (quando são
excluídos os brancos, nulos e
indecisos), contra 27% do democrata e 24% do petista.
O ex-prefeito Antonio Imbassahy (PSDB), que tinha 16%
dos votos válidos, agora aparece com 11% -uma queda de
cinco pontos. Hilton Coelho
(PSOL) manteve os 4% do levantamento anterior. A margem de erro do levantamento é
de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Em relação aos votos totais,
João Henrique cresceu seis
pontos percentuais em relação
à pequisa divulgada no meio da
semana passada -foi de 25%
para 31%. ACM Neto oscilou
um ponto para cima e está com
25%, e Walter Pinheiro manteve os mesmos 22%.
O Datafolha também simulou um eventual segundo turno
entre os candidatos mais bem
posicionados na pesquisa. No
confronto, o prefeito vence todos os seus adversários. Contra
ACM Neto, ele teria 51% ante
37% do democrata. Um segundo turno entre o prefeito e Pinheiro deixaria João Henrique
com 49% e o petista com 37%.
O lançamento de três candidatos (PT, PMDB e PSDB) da
base aliada ao governo estadual
transformou as eleições de Salvador na mais acirrada desde
1996, quando Antonio Imbassahy, à época filiado ao PFL
(hoje DEM), venceu todos os
seus concorrentes no primeiro
turno. Quatro anos mais tarde,
Imbassahy foi reeleito.
Em 2004, com o carlismo
dando sinais de enfraquecimento, o então deputado estadual João Henrique, que era do
PDT, não teve dificuldades para devolver à oposição o comando político de Salvador.
Com a chegada de Jaques
Wagner (PT) ao governo da Bahia, a política local passou por
muitas transformações -a
mais visível foi o fim da polarização entre carlistas e anticarlistas. Em março deste ano,
quando o PT deixou de apoiar a
gestão de João Henrique para
lançar candidato próprio, houve um "estremecimento" entre
os dois principais partidos da
base do governador.
A partir daí, as acusações mútuas entre os dois partidos ficaram mais acentuadas. Apesar
dos desentendimentos, Jaques
Wagner descartou a possibilidade de rompimento entre os
dois partidos, mas mandou um
recado sutil para o ministro
Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), a principal liderança do PMDB no Estado.
"O político que falar que não
tem um projeto de poder está
mentindo. Só acho que o político tem que ter o juízo de saber
que deve esperar a fila andar",
afirmou o governador petista,
ao ser questionado se não temia um confronto com Geddel
pela disputa do governo estadual, em 2010.
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