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41 capitais e cidades grandes devem ter vencedor no 1º turno
46 prefeitos dentro do grupo dos 79 maiores municípios disputam reeleição; 27 têm chance de liquidar disputa hoje
Levantamento da Folha usou pesquisas registradas na Justiça Eleitoral; margem de erro em alguns casos chega a cinco pontos
FERNANDO RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em 17 capitais e 24 cidades
com mais de 200 mil eleitores a
eleição deve ser concluída hoje,
sem a necessidade de segundo
turno.
Esse era o prognóstico
visível ontem, de acordo com
pesquisas eleitorais divulgadas
até o início da tarde para o grupo dos 79 municípios mais importantes do país.
O G79 inclui 26 capitais (Brasília não tem prefeito nem eleição hoje) e as 53 cidades com
mais de 200 mil eleitores. Hoje,
46 prefeitos disputam a reeleição nesse universo composto
por localidades que abrigam
46.819.495 eleitores, o equivalente a 36,4% do total dos habilitados a votar.
De acordo com os levantamentos eleitorais, PMDB, PT e
PSDB são os três partidos com
mais chances de obterem hoje
o maior número de vitórias nos
grandes centros. Essas três siglas têm, somadas, 29 candidatos à reeleição. Desses, 17 podem liquidar a disputa já no
primeiro turno.
Segundo a legislação, nos
municípios com mais de 200
mil eleitores só vence a eleição
no primeiro turno o candidato
que conquistar pelo menos
50% mais um do total dos votos
válidos -a soma dos votos dados apenas aos candidatos, excluindo-se, portanto, os brancos e os nulos. Em todas as outras cidades, vence quem tiver o
maior número de votos em turno único hoje.
Para fazer este levantamento, a Folha só utilizou pesquisas registradas na Justiça Eleitoral. Alguns desses estudos
têm margem de erro muito dilatada -de quatro ou cinco
pontos percentuais- e devem
ser observados com cuidado
antes que seja apontado um
franco favorito.
Embora cerca da metade dos
políticos apareça em condições
de liquidar a eleição hoje no
G79, segundo as pesquisas, o
quadro que acompanha esta reportagem mostra que mais da
metade concorre à reeleição
(em 46 cidades).
Desses que concorrem à reeleição, 38 estão na coluna de
primeiro colocado na tabela
desta página (considerando-se
os que estão em primeiro lugar
isolados ou em situação de empate com o segundo colocado).
Partidos grandes
Como em eleições passadas,
há um certo padrão que se repete na atual. Os partidos maiores estão em geral bem posicionados nos grandes centros. É o
caso de PT (com 33 candidatos
competitivos, em primeiro lugar ou em segundo empatados
com o primeiro), PMDB (25) e
PSDB (20).
Abaixo dessa trinca há uma
disputa acirrada pela quarta colocação entre DEM (dez candidatos no páreo no G79), PDT
(8), PSB (8) e PP (7).
O Democratas (ex-PFL) vem
perdendo terreno em grandes
cidades há mais de dez anos,
sempre elegendo menos prefeitos nessas localidades. Desta
vez, a novidade fica por conta
do eventual sucesso de Gilberto
Kassab na cidade de São Paulo,
onde ele aparece com chances
de disputar o segundo turno
contra Marta Suplicy, do PT.
Petistas e tucanos se alternaram na liderança pelo maior
número de cidades grandes e
capitais desde 1996. Desta vez,
há indicações de que o PT possa
manter a primeira colocação. O
PSDB terá de suar para não ser
ultrapassado pelo PMDB.
Médios
Na parte intermediária da tabela no G79, os dois destaques
ficam para PDT e PSB, com nove e oito candidatos competitivos em grandes centros, respectivamente.
O PDT ficou à deriva depois
da morte de seu maior líder,
Leonel Brizola (1922-2004).
Aderiu agora plenamente ao
governo Lula e parece reagir
nos grandes centros.
Já o PSB é o partido do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e do deputado federal Ciro Gomes (CE). Se confirmar nas urnas o que dizem as
pesquisas, a legenda continua
sua marcha batida para tentar
indicar um candidato a vice-presidente na chapa do PT em
2010.
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