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"Valeu pela ideia", afirma autor de proposta rejeitada
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A maioria dos projetos devolvidos trata de assuntos
que não são da competência
dos deputados, segundo a Secretaria-Geral da Casa.
O deputado Arnon Bezerra
(PTB-CE), por exemplo,
queria dar ao ministro da Defesa, mesmo que seja civil, o
direito de usar uniforme das
Forças Armadas com seus
distintivos e emblemas militares. A Constituição diz que
só o presidente da República
pode tratar de assuntos relacionados às Forças Armadas.
Pela lei atual, apenas militar pode usar o uniforme. Bezerra não foi localizado para
comentar a proposta.
Já o líder do PP, deputado
Mário Negromonte (BA),
queria obrigar todos os congressistas a colocarem nas
portas de seus gabinetes a
bandeira nacional e a de seus
Estados. O texto foi devolvido porque, no entendimento
da secretaria, não era assunto para um projeto de lei.
Hoje, grande parte dos gabinetes conta com as bandeirinhas. Para Negromonte,
apesar de irregular, a ideia foi
boa. "Valeu pela ideia", disse.
O deputado Ricardo Barros (PP-PR) recebeu de volta
uma matéria formulada de
forma equivocada. Ele alega
que a falha foi da própria assessoria técnica da Casa. A
proposta queria obrigar todos os projetos semelhantes
às medidas provisórias a tramitarem em conjunto.
"Não tenho condições de
ficar estudando, sabendo de
todas as leis", disse ele.
Segundo a secretaria, a
maioria dos projetos já chega
à Mesa pronto. Há, porém,
um grupo de consultores da
própria Câmara aptos a auxiliar os deputados na redação
dos textos. Outra possibilidade é que a assessoria do
congressista faça os projetos
a pedido dos deputados.
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