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CRÉDITO OFICIAL
Prefeitura já prevê dinheiro do BID em 2004
Comissão vai analisar mais um empréstimo para cidade de SP
JULIA DUAILIBI
DA REPORTAGEM LOCAL
GUILHERME BAHIA
DA REDAÇÃO
A prefeita de São Paulo, Marta
Suplicy (PT), deve enfrentar ainda neste mês uma nova polêmica
na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE). Depois
da discussão sobre a aprovação
do empréstimo de R$ 494 milhões
do BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e
Social), a comissão examinará um
pedido de financiamento de US$
100 milhões feito ao BID (Banco
Interamericano de Desenvolvimento) para o Procentro (Programa de Valorização do Centro).
O novo pleito chegou à CAE no
último dia 15. O presidente da comissão, Ramez Tebet (PMDB-MS), disse que nomeará o relator
nesta semana. Ele terá 15 dias para
apresentar um parecer, que a seguir será votado pela CAE.
A Prefeitura de São Paulo já
conta com a liberação de parte do
dinheiro do BID em 2004. O Orçamento municipal prevê uma receita de R$ 160 milhões do banco
para o Procentro -US$ 55,9 milhões, pela cotação de ontem.
O dinheiro do BNDES, destinado a obras de integração de linhas
de ônibus, foi aprovado na semana passada. O presidente do banco, Carlos Lessa, voltou a dizer
ontem que só poderá conceder o
empréstimo quando a União aumentar o capital da instituição. A
alternativa considerada mais viável pela direção do BNDES envolve troca de ações com o Tesouro.
Durante a análise do tema na
CAE, tucanos e pefelistas, principalmente do Nordeste, disseram
que São Paulo tem acesso privilegiado aos recursos federais.
Marta chegou a qualificar as
manobras de obstrução que eles
fizeram como uma "manifestação
do Nordeste contra o Estado e a
cidade de São Paulo".
Apesar das divergências, o empréstimo foi aprovado. Os tucanos atenderam ao apelo do governador Geraldo Alckmin (PSDB)
para que votassem a favor.
A queixa da bancada nordestina
é de que São Paulo, com o empréstimo, ultrapassa o limite de
endividamento fixado pelo Senado. Um acordo firmado entre a
prefeitura e a União em 2000, porém, exclui o financiamento do
BNDES e o do BID desse limite.
Colaborou a Sucursal do Rio
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