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São Paulo, quarta-feira, 05 de novembro de 2003

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CRÉDITO OFICIAL

Prefeitura já prevê dinheiro do BID em 2004

Comissão vai analisar mais um empréstimo para cidade de SP

JULIA DUAILIBI
DA REPORTAGEM LOCAL
GUILHERME BAHIA
DA REDAÇÃO

A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), deve enfrentar ainda neste mês uma nova polêmica na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE). Depois da discussão sobre a aprovação do empréstimo de R$ 494 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), a comissão examinará um pedido de financiamento de US$ 100 milhões feito ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para o Procentro (Programa de Valorização do Centro).
O novo pleito chegou à CAE no último dia 15. O presidente da comissão, Ramez Tebet (PMDB-MS), disse que nomeará o relator nesta semana. Ele terá 15 dias para apresentar um parecer, que a seguir será votado pela CAE.
A Prefeitura de São Paulo já conta com a liberação de parte do dinheiro do BID em 2004. O Orçamento municipal prevê uma receita de R$ 160 milhões do banco para o Procentro -US$ 55,9 milhões, pela cotação de ontem.
O dinheiro do BNDES, destinado a obras de integração de linhas de ônibus, foi aprovado na semana passada. O presidente do banco, Carlos Lessa, voltou a dizer ontem que só poderá conceder o empréstimo quando a União aumentar o capital da instituição. A alternativa considerada mais viável pela direção do BNDES envolve troca de ações com o Tesouro.
Durante a análise do tema na CAE, tucanos e pefelistas, principalmente do Nordeste, disseram que São Paulo tem acesso privilegiado aos recursos federais.
Marta chegou a qualificar as manobras de obstrução que eles fizeram como uma "manifestação do Nordeste contra o Estado e a cidade de São Paulo".
Apesar das divergências, o empréstimo foi aprovado. Os tucanos atenderam ao apelo do governador Geraldo Alckmin (PSDB) para que votassem a favor.
A queixa da bancada nordestina é de que São Paulo, com o empréstimo, ultrapassa o limite de endividamento fixado pelo Senado. Um acordo firmado entre a prefeitura e a União em 2000, porém, exclui o financiamento do BNDES e o do BID desse limite.


Colaborou a Sucursal do Rio


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