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Aliados de Kassab cobram fatura de Serra
PMDB e PV reivindicam cargos no primeiro escalão do governo estadual por coligação que reelegeu prefeito de São Paulo
Peemedebistas dizem que possível nomeação faz parte de acordo fechado entre Serra e Quércia ainda antes da formalização da aliança
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Aliados da candidatura de
Gilberto Kassab (DEM), e ainda à espera de espaço na prefeitura, PMDB e PV já reivindicam cargos no primeiro escalão
do governo José Serra (PSDB).
Além de apresentar a fatura
pelo serviço prestado com a
reeleição de Kassab, o comando desses dois partidos argumenta que já integra a base de
apoio de Serra na Assembléia
Legislativa. E, por isso, devem
também compor o governo.
Segundo peemedebistas, o
presidente estadual do partido,
Orestes Quércia, se reunirá nos
próximos dias com o governador para discutir a participação
do PMDB em seu secretariado.
A hipótese de nomeação, dizem, faz parte do acordo fechado entre os dois no início do
ano, antes da formalização da
aliança PMDB/DEM.
Em recente entrevista à Folha, Quércia disse esperar uma
participação, ainda que "simbólica", no governo. Anteontem, numa conversa, brincou:
"Tudo bem que seja simbólico.
Mas nem tanto. Gostaríamos
de uma secretaria".
No partido, há rumores de
que o deputado Francisco Rossi seria o indicado de Quércia.
No governo, há, no entanto, resistência ao seu nome.
Presidente nacional do PV, o
vereador recém-eleito José
Luiz Penna afirma que o partido tem a expectativa de participação no governo Serra a partir
do ano que vem. Na sexta-feira
passada, a cúpula do PV se reuniu com o chefe da Casa Civil,
Aloysio Nunes Ferreira, no Palácio dos Bandeirantes.
Embora não negue o interesse, Penna jura que o assunto
não foi tema da conversa. "Não
estamos pressionando. Vamos
ter paciência. O PV tem oito
deputados estaduais, um papel
significativo na Assembléia".
As duas siglas também esperam uma definição de Kassab.
Apesar da opção de Kassab pela
vice Alda Marco Antônio na
Ação Social, o presidente municipal do PMDB, Bebeto Haddad, diz que o partido não está
contemplado. "Temos expectativa de participação no governo
e confiamos no prefeito", afirmou Haddad.
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