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Magistrados do TJ negam tráfego de influência
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Dois dos três desembargadores do Tribunal de Justiça do
Distrito Federal citados em
diálogos do governador José
Roberto Arruda com o ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, delator do
mensalão do DEM, negaram
ter participação no esquema.
Os magistrados Getúlio Pinheiro, corregedor do tribunal,
e Romeu Gonzaga Neiva enviaram ontem ofícios ao CNJ
(Conselho Nacional de Justiça), rechaçando a existência de
tráfico de influência. O desembargador José Cruz Macedo,
também citado nas gravações,
não participou da entrevista,
pois, segundo o TJ, ainda não
encaminhou ofício ao CNJ.
"Só me resta lamentar que a
imprensa, em sua totalidade,
tenha lançado suspeitas sobre a
honorabilidade de desembargadores do Tribunal de Justiça
do Distrito Federal e Territórios", disse Pinheiro.
"Nunca me comprometi ou
comprometerei com quem
quer que seja, quanto ao julgamento de um processo ou outro
procedimento", afirmou Neiva.
Pinheiro classificou as citações de seus nomes como "ilações" e afirmou que elas causam "um constrangimento
muito grande ao tribunal".
Em uma das conversas gravadas por Barbosa, na qual tratam de ações penais que tramitam no TJ, Arruda afirma ao
seu então secretário que organizou um jantar para Pinheiro
e que teria conversado com ele
sobre votos em tais processos.
O magistrado disse ontem que
o jantar fez parte de um encontro de corregedores, incluído
na agenda oficial do evento.
Em outro diálogo gravado,
Arruda dá a entender que Neiva
teria se comprometido a livrar
Barbosa no julgamento do mérito de uma ação penal que havia sido aberta. Ambos votaram
contra o rumo indicado pelo
ex-secretário nas gravações.
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