São Paulo, sábado, 05 de dezembro de 2009

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Magistrados do TJ negam tráfego de influência

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Dois dos três desembargadores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal citados em diálogos do governador José Roberto Arruda com o ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, delator do mensalão do DEM, negaram ter participação no esquema.
Os magistrados Getúlio Pinheiro, corregedor do tribunal, e Romeu Gonzaga Neiva enviaram ontem ofícios ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça), rechaçando a existência de tráfico de influência. O desembargador José Cruz Macedo, também citado nas gravações, não participou da entrevista, pois, segundo o TJ, ainda não encaminhou ofício ao CNJ.
"Só me resta lamentar que a imprensa, em sua totalidade, tenha lançado suspeitas sobre a honorabilidade de desembargadores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios", disse Pinheiro.
"Nunca me comprometi ou comprometerei com quem quer que seja, quanto ao julgamento de um processo ou outro procedimento", afirmou Neiva.
Pinheiro classificou as citações de seus nomes como "ilações" e afirmou que elas causam "um constrangimento muito grande ao tribunal".
Em uma das conversas gravadas por Barbosa, na qual tratam de ações penais que tramitam no TJ, Arruda afirma ao seu então secretário que organizou um jantar para Pinheiro e que teria conversado com ele sobre votos em tais processos. O magistrado disse ontem que o jantar fez parte de um encontro de corregedores, incluído na agenda oficial do evento.
Em outro diálogo gravado, Arruda dá a entender que Neiva teria se comprometido a livrar Barbosa no julgamento do mérito de uma ação penal que havia sido aberta. Ambos votaram contra o rumo indicado pelo ex-secretário nas gravações.


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