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Em 16 meses, Corrêa trocou diretoria e cargos-chave da PF
Instituição vê "sucessão de gerações'; só duas superintendências não foram mudadas
Dose ex-superintendentes, 3 se aposentaram, 3 viraram adidos em embaixadas, 4, secretários estaduais de Segurança, e 4, corregedores
Jamil Bittar - 3.set.2007/Reuters
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Luiz Fernando Corrêa (à esq.) substitui Paulo Lacerda na PF
FERNANDO BARROS DE MELLO
DA REPORTAGEM LOCAL
AFONSO BENITES
DA REDAÇÃO
Após 16 meses no cargo de
delegado-chefe da Polícia Federal, ele assumiu em três de
setembro de 2007, Luiz Fernando Corrêa promoveu mudanças nos principais postos de
comando da instituição. Levantamento no "Diário Oficial"
mostra que só dois (de 27) superintendentes regionais, cargos mais altos nos Estados, não
foram alterados. Na diretoria,
Corrêa trocou cargos-chave.
"O colocou uma geração mais
nova, da turma dele de delegados", diz Marcos Wink, presidente da Fenapef (Federação
dos Policiais Federais). Ele defende a renovação.
"No momento da transição
ficou um clima que preocupou,
como se houvesse um rompimento. Mas hoje tem vários ex-dirigentes da gestão Lacerda",
diz o presidente da Associação
dos Delegados da Polícia Federal, Sandro Avelar. "É natural o
diretor fazer trocas."
Em 2008, os desdobramentos da Operação Satiagraha foram apontados como a demonstração de uma divisão entre aliados de Corrêa e de seu
antecessor, Paulo Lacerda, que
foi afastado definitivamente da
direção da Abin no fim do ano.
Entre os superintendentes
regionais, uma troca ocorreu
ainda em setembro de 2007, oito trocas em outubro e cinco
em novembro. Após uma troca
em fevereiro de 2008, foram
três em março, quatro em abril
e uma em agosto.
Em dezembro, o delegado
Anderson Fernandes Gioia,
que havia assumido em novembro de 2007 a Superintendência de Pernambuco, foi transferido para o Rio de Janeiro, após
Valdinho Jacinto Caetano assumir a Corregedoria Geral.
Seu antecessor, Ivan Guimarães Lobato, era o último dos
diretores da gestão Lacerda.
Em 12 de setembro de 2007,
foram nomeados os outros diretores. No último dia de 2008,
Luiz Pontel de Souza, que havia
assumido no ano anterior a diretoria de Gestão de Pessoal, foi
nomeado diretor-executivo,
após a saída de Romero Lucena
de Meneses (também nomeado
em setembro de 2007).
Em seu discurso de posse,
Corrêa disse não existir disputa
ou grupos na PF. "Se quiserem
nos dividir em grupos, não nos
dividirão", afirmou. "As divergências serão enfrentadas com
intensos debates internos."
Atualmente, a PF tem 11.010
policiais. Entre os delegados,
há 4.127 ocupantes da classe especial, aqueles que podem tornar-se superintendentes.
Trocas
O destino dos exonerados variam. Três se aposentaram, três
tornaram-se adidos policiais
em embaixadas, quatro tornaram-se secretários estaduais de
Segurança Pública e quatro,
corregedores. Sete estão a serviço da PF em outros setores.
Após deixar a superintendência do Espírito Santo em
outubro de 2007, cargo que
ocupava desde agosto de 2004,
Geraldo Dias Guimarães foi para a delegacia de Montes Claros
(MG). "Não pendurei as chuteiras. Ainda estou em busca do
meu milésimo gol", disse, segundo os jornais locais.
Dois superintendentes, Delci
Teixeira, nomeado em julho de
2007 para o Paraná, e Anderson Rui Fontel, nomeado em
abril de 2006 para o Amapá, estão desde a gestão Lacerda.
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