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Agora, Chinaglia afirma que reajuste "não é prioridade"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Na véspera de comandar sua
primeira reunião com os líderes dos partidos, o presidente
da Câmara, Arlindo Chinaglia
(PT-SP), afirmou ontem que o
reajuste salarial dos parlamentares "nunca foi" uma prioridade e assegurou que o tema não
entrará na pauta do encontro. A
reunião está marcada para as
10h de hoje.
Na última sexta, um dia depois de ser eleito, Chinaglia
afirmou em entrevista à Folha
que, se a pauta permitisse, colocaria o reajuste em votação
na "primeira semana" ou, pelo
menos, ainda "em fevereiro",
para tirar o tema de discussão.
Numa espécie de "plano de
governo", divulgado na véspera
da eleição, ele falou em "promover o reajuste da remuneração dos deputados mediante a
aprovação imediata de uma
proposta em plenário" -no caso, a reposição da inflação.
Ontem, entretanto, o discurso foi outro. "Breve é breve, não
é imediato", disse. "Vai depender dos líderes. Vou propor que
reúnam suas bancadas, quero
ouvi-los, isso vai a plenário.
Mas não é prioridade."
O petista almoçou ontem
com o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva. Ficou combinado
que, até o final da semana, Lula, Chinaglia e o presidente reeleito do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) se encontrarão para discutir a tramitação
dos projetos referentes ao PAC
(Programa de Aceleração do
Crescimento). Renan não participou do encontro ontem
porque viajou para São Paulo.
(LETÍCIA SANDER E SILVIO NAVARRO)
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