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Candidata não vai rejeitar palanque nenhum, diz Dutra
RANIER BRAGON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Diante da disputa entre pré-candidatos governistas pela exclusividade do apoio de Dilma
Rousseff (PT) nos seus Estados, o presidente eleito do PT,
José Eduardo Dutra, afirmou
ontem que a ministra não rejeitará palanque em Estados onde
a base lulista estiver dividida.
"Apoio não se rejeita", disse
Dutra, respondendo a perguntas de como trataria a insatisfação do governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ), candidato à
reeleição, com as conversas entre Dilma e o ex-governador
Anthony Garotinho (PR), também pré-candidato no Estado.
"O PT está com o governador
Cabral no Rio, mas, se Garotinho disser que vai apoiar Dilma, ela vai fazer o quê, vai chutá-lo? No Rio, a aliança do PT é
com o PMDB, mas Dilma é candidata a presidente e vai ter
apoios díspares em vários Estados", disse Dutra, que citou ainda o caso do Maranhão, onde
Roseana Sarney (PMDB) e Flávio Dino (PC do B) são candidatos governistas, além de Jackson Lago (PDT), que tem aliados da oposição, mas é de legenda nacionalmente lulista.
Assim como Rio e Maranhão,
os governistas podem ter palanques adversários entre si em
outros Estados, como Pará,
Santa Catarina e Minas Gerais.
Dutra deu as declarações durante encontro nacional da Juventude do PT. Ao falar aos militantes presentes, o petista fez
várias críticas à imprensa e disse que o governador José Serra
(PSDB) "tem amplo apoio dos
donos da mídia", o que, afirmou
ele, vai exigir esforço redobrado dos filiados ao partido.
Segundo o presidente eleito
do PT, há alguns meses a imprensa havia tentado desconstruir a candidatura Dilma ao falar sobre um eventual "plano
B" do governo no momento em
que veio a público a notícia de
que havia sido diagnosticado
câncer linfático na ministra.
"Agora, quando a Dilma encosta no Serra nas pesquisas, a
mídia fala assim: "Serra lidera
disputa". Quando ela passar,
vão começar a notícia, sei lá,
com "Serra vai para o segundo
turno'", ironizou Dutra.
O presidente eleito do PT diz
que levantou há alguns dias o
nome de 19 pessoas que frequentemente faziam comentários favoráveis ao governo em
blogs políticos. Segundo ele, só
dois eram filiados ao PT, o que
mostraria que o partido precisaria atualizar sua militância.
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